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Morador pede ajuda para não perder casa

Imóvel sofre com problema na rede de águas pluviais e família busca solução com a Prefeitura

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
29/12/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Quatro anos atrás, quando o analista de sistemas Luis Deilson Gomes Lima, 42 anos, realizou o sonho de comprar a casa própria, na Avenida Herminio Pegoraro, no Jardim Itapark, em Mauá, não imaginou que, por baixo dela, passava um córrego que no futuro transformaria sua garagem e área de serviço em uma rede de águas pluviais e esgoto a céu aberto. Com o perigo de desmoronamento, o imóvel teve de ser interditado pela Defesa Civil, situação que perdura desde 14 de fevereiro.

“A casa já existia há três décadas. Como deixaram construir em cima do córrego? No começo deste ano surgiu um buraco no canto da garagem e, depois, começou a ceder mais. Descobri o problema quando o vizinho pediu para consertar o piso e colunas da casa dele através da minha garagem”, lembra.

O interior da residência de Lima também começou a apresentar rachaduras e a Defesa Civil foi acionada, interditando totalmente o espaço.

Desde então, ele enviou diversos ofícios para variadas secretarias municipais, pedindo intervenção para solucionar o problema. “Venho pedindo que refaçam essa caixa de água pluvial, para resolver a questão de erosão e de vazamento das manilhas, mas não tive nenhum retorno”, relata. “A Prefeitura só faz obra que tem visibilidade”, completa.

Ele conta ainda que já foi cinco vezes em vários departamentos da Prefeitura, na tentativa de agendar reunião com alguém que possa ouvir sobre seu problema e buscar solução, mas nunca foi atendido.

Lima tentou apoio judicial, mas também não teve êxito. “Procurei um advogado e ele disse que, além de custar uns R$ 8.000 para tomar alguma ação, seria demorado e não tinha certeza quanto ao ganho da causa. Outros advogados procurados não tiveram interesse pelo caso ou não trabalham em causa contra órgãos públicos”, disse.

Sem a oferta de bolsa aluguel para auxiliar na busca de outro local para viver com a mulher e a filha de 6 anos, Lima está morando na casa da mãe, no Jardim Oratório. No entanto, precisa sair de lá para que ela possa voltar a alugar o espaço e complementar a renda para sobreviver. “Deixaram minha família e eu à mercê da sorte, sem ter para onde ir. Não posso continuar na casa da minha mãe, ela quebrou meu galho, mas não é meu lar. Tenho minha casa e não desejo perdê-la.”

Procurada para comentar o caso, a Prefeitura de Mauá não retornou aos questionamentos do Diário até o fechamento desta edição. 




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