Cultura & Lazer Titulo Música
Hyldon está de volta cheio de suingue

Após hiato de três anos, veterano artista
baiano lança ‘As Coisas Simples da Vida’

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
27/12/2016 | 06:31
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Divulgação


 Hyldon é veterano. Está nas ‘andanças’ da vida musica faz tempo. Baiano de Salvador, o artista de 65 anos, desde os 14 na arte, ficou conhecido ainda nos anos 1970, quando lançou Na Rua, na Chuva, na Fazenda, que tinha no lado B do LP o sucesso Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê). Trabalhou também com ninguém menos que Tony Tornado, Wilson Simonal, Gerson Combo e também Tim Maia.

De lá para cá seguiu produzindo, ora de maneira mais intensa, ora não. Agora ele coloca nas prateleiras o disco As Coisas Simples da Vida (Deck, R$ 27,90, em média), primeiro em três anos e que ganha vida ilustrado por dez composições, todas autorais, todas produzidas pelo artista.

As baladas, é claro, estão na obra. Caso de Música Bonita, por exemplo. Mas o novo trabalho é mais. A ideia, no início, era fazer um álbum tranquilo, romântico. Mas a coisa mudou ao longo do caminho e vieram suingue e groove. A faixa Um Trem Para Bangu remete aos anos 1970, com coro, sintetizador, contrabaixo marcado e instrumentos de sopro. “Fomos tocar em um Sesc em Engenho de Dentro (bairro carioca). Em frente à estação de trem veio uma vontade de ir até Bangu, pois soube que o Hermeto Pascoal (compositor) tinha voltado a morar lá. Comecei a fazer a música, mas de repente travou, percebi que não conseguiria terminá-la se não pegasse o trem até Bangú”, explica Hyldon ao Diário.

Para a empreitada ele conta com banda grande, formada por oito músicos. Não ficam de fora instrumentos como piano, trombone, sintetizador, saxofone barítono, flugelhorn e trompete. “A banda é superfamília e a amizade e o respeito entre todos fazem a diferença. São músicos excelentes e quando a gente se encontra para tocar é uma festa. Acho que essa harmonia passa até para o disco”, afirma Hyldon.

E esse feeling é perceptível mesmo na obra, que funciona com boa engrenagem. A sonoridade, orgânica, é resultado de time ensaiado e músicas fortes. “Gravamos rapidinho e tem essa ‘parada’ de gostar de tocar um com outro. Foi muito prazeroso todo o processo.” Os ensaios para a turnê começam em março.




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