A unidade andreense do laboratório Biofast Plus está atrasando o pagamento de salários, férias e vale-transporte. Ainda, há dois meses a empresa não arca com o vale-alimentação. De acordo com funcionários e profissionais que pediram demissão, além disso, os convênios médico e odontológico foram suspensos sem aviso prévio.

Adicionalmente, há seis meses a empresa não recolhe FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e desconta o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mas não repassa à Previdência Social.

“Nos últimos três meses a situação ficou bem complicada. Há dois meses não pagam o vale-alimentação e, por quase um mês, não deram vale-refeição, tanto que os trabalhadores começaram a ir embora às 13h, para não ter de pagar do próprio bolso. Além disso, o vale-transporte vem com atraso e não dá para o mês inteiro”, desabafa fonte que pede sigilo. A primeira parcela do 13º salário também ainda não foi depositada. E faltam insumos básicos como lenços de papel.

O presidente do Sindsaúde ABC, Almir Rogério da Silva, o Mizito, disse que já agendou reunião com o proprietário do laboratório, Rogério Saladino, por duas vezes, para tentar chegar a acordo, mas que ele desmarcou em cima da hora. “O sindicato ajuizou ação coletiva na Justiça cobrando os benefícios e as multas devidas referentes aos valores em haver com os trabalhadores da ativa e demitidos”, afirma. “Vamos nos mobilizar. É possível que haja greve.”

De acordo com outra fonte, há muita gente pedindo demissão, mas a homologação está demorando a sair do papel. “A resposta que temos da nossa coordenação é que só receberemos nossos direitos se processarmos a empresa. Mas nós só queremos o que nos é de direito.”

A equipe do Diário não conseguiu contato com a Biofast Plus.