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Começa negociaçao para retirada de tropas sérvias de Kosovo
Por Do Diário do Grande ABC
05/06/1999 | 10:48
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Líderes militares da Iugoslávia e da Organizaçao do Tratado do Atlântico Norte (Otan) discutem neste sábado os termos da retirada das forças sérvias da província de Kosovo, condiçao fundamental para o fim dos bombardeios nos Bálcas. O general britânico Michael Jackson, representante da Organizaçao, foi o primeiro a chegar à cidade de Blace, na fronteira com a Macedônia. Três horas depois, cruzava os limites entre os dois países uma caravana de cinco automóveis transportando a delegaçao iugoslava. Do encontro também deveriam participar oficiais russos, o que ainda nao pôde ser confirmado.

Desta reuniao numa cafeteria de Dace, onde ocorrem as primeiras conversaçoes diretas entre oficiais da Otan e da Iugoslávia desde o início dos bombardeios em 24 de março, podem ficar definitivamente acertadas a reduçao da intensidade dos ataques e sua posterior suspensao. Para isso, as autoridades ocidentais exigem o respeito do Governo de Belgrado ao pacto de paz aprovado na última quinta-feira. Mas para aparar de vez as arestas será preciso ainda que os líderes ocidentais e a Rússia vençam suas próprias diferenças.

Os chanceleres do Grupo dos Oito _ formado pela Rússia e pelos sete países mais industrializados _ deveriam preparar neste domingo um projeto de resoluçao da Organizaçao das Naçoes Unidas (ONU) que aprove o acordo. Entretanto, um funcionário norte-americano disse que a reuniao foi adiada porque as autoridades de Moscou nao estavam prontas para concluir os termos do tratado.

O motivo principal das diferenças concentra-se na força multinacional de paz de 50.000 homens, que deve estabelecer a paz em Kosovo. Representantes do alto escalao do Governo russo, depois de assegurarem que Milosevic havia aceito a força de paz liderada pela OTAN, demonstram agora reservas ao fato de suas tropas permanecerem sob o comando da aliança militar atlântica. O porta-voz da Casa Branca, Joe Lockhart, admitiu que a participaçao da Rússia na força de paz ainda é um ``ponto de interrogaçao'. Mas acrescentou: ``acreditamos que poderemos trabalhar com eles construtivamente e que eles poderao participar'.




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