Um porta-voz do comando das tropas russas em guerra contra os rebeldes na região separatista há três anos informou à agência Interfax, que o sargento Ruslan Khalikov morreu na madrugada desta terça, num hospital de Rostov del Don, no sul da Rússia.
Um helicóptero gigante MI-26 de transporte, com 147 ocupantes, foi atingido, no último dia 19, por um míssil "Strela" (Flecha) quando sobrevoava a base russa de Khankala, junto à capital da Chechênia, Grozni.
Após os primeiros trabalhos de resgate, autoridades informaram que 114 pessoas morreram e que outras 33 ficaram feridas. Outros três feridos, com queimaduras graves, morreram pouco depois no hospital.
O helicóptero, que transportava tanques cheios de combustível, caiu sobre um campo minado e pegou fogo, num dos ataques mais audazes da guerrilha desde o início da guerra em 1999.
Autoridades civis e militares russas ficaram em dúvida, durante dias, entre duas prováveis versões: um ataque guerrilheiro ou uma falha num dos dois motores do MI-26.
A tragédia aconteceu devido a uma suposta sobrecarga do helicóptero, que tinha autorização para transportar 90 pessoas, por isso, supõe-se que os pilotos não chegaram a alcançar a base nem conseguiram aterrissar o aparelho quebrado ou atingido.
Fontes da comissão investigadora declararam extra-oficialmente, nesta segunda-feira, que a causa da catástrofe foi um sistema de mísseis terra-ar, provavelmente roubado de uma dependência do Exército.
Mas o promotor encarregado do caso, Serguei Fridinski, afirmou que ainda era muito cedo para chegar a alguma conclusão definitiva.
A queda do helicóptero é a maior tragédia da Forças Aéreas Federais.
A estrela da Frota russa do Norte afundou nas águas árticas do mar de Barents, no dia 12 de agosto de 2000, pela explosão a bordo de um torpedo defeituoso durante as manobras navais. Na catástrofe, morreram todos os seus 118 tripulantes.
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