Política Titulo São Caetano
Auricchio indica secretários apesar de impasse jurídico
Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
02/12/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O prefeito eleito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), decidiu anunciar hoje sete dos seus 18 integrantes do alto escalão do Paço. O tucano bateu o martelo ontem à tarde em pacote de nomes, que ainda estavam sendo definidos pelo grupo político.

O Diário apurou que entre as áreas a serem divulgadas estão a de Saúde, com a médica Adriana Berringer Stephan; Esportes, com o vice-prefeito eleito e atual vereador, Beto Vidoski (PSDB), e o do comandante da futura controladoria-geral do município, ainda a ser criada pelo governo eleito. O tucano tem guardados a sete chaves os próximos componentes do secretariado do Palácio da Cerâmica. Para a controladoria, ventila-se que o tucano indicará figura técnica e que possui atuação junto ao TCE (Tribunal de Contas do Estado). Há expectativa também para anúncio do ex-reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Silvio Minciotti como secretário de Educação – o tucano também é cotado para assumir Desenvolvimento Econômico.

A divulgação dos nomes será feita às 16h, em escritório político localizado no Centro. Durante a campanha, o espaço foi destinado à formulação do plano de governo do tucano.

Auricchio vinha resistindo em anunciar oficialmente a equipe que integrará seu terceiro governo – já administrou a cidade por dois mandatos, entre 2005 e 2012. Os planos do tucano eram esperar findar a queda de braço que o grupo do atual chefe do Executivo, Paulo Pinheiro (PMDB), trava na Justiça Eleitoral para tentar enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa e impedi-lo de ser diplomado. Porém, com o recuo da decisão do ministro Henrique Neves da Silva, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de permitir que o imbróglio seja analisado pelo plenário da Corte, o prefeito eleito decidiu antecipar alguns auxiliares. O tucano deseja que os futuros secretários estejam inteirados antecipadamente sobre a situação da Prefeitura – alguns nomes já integram a equipe de transição indicada por Auricchio.

IMPASSE

O deferimento da candidatura do tucano é questionado por Pinheiro, que alega que o rival não poderia ter disputado o Paço por possuir contas referentes ao exercício de 2012, seu último ano de mandato, rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) por ter deixado restos a pagar na ordem de R$ 260 milhões para o sucessor, o que o enquadraria na Lei da Ficha Limpa.

A Justiça comum, entretanto, acatou o argumento do prefeito eleito de que não teve direito à ampla defesa e determinou que o TCE reanalisasse os números da gestão. Também tornou sem efeito a decisão da Câmara de ter aprovado o parecer da Corte, em 2015. Auricchio teve a chapa deferida pela Justiça Eleitoral de São Caetano, mas Pinheiro recorreu ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral), que manteve o projeto.  




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