Futuro chefe do Executivo de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) adiantou ontem que a reprovação da Câmara ao pedido do prefeito Luiz Marinho (PT) em requerer a criação do Museu do Trabalho e do Trabalhador, situação ocorrida na sessão de quarta-feira, impulsiona ações para modificar destino do projeto, que não deve ser concluído até o fim da gestão petista, no dia 31.
<EM>O Legislativo rejeitou por 16 votos a seis autorização ao texto original que denomina o complexo, há mais de quatro anos em obras, alvo de investigações na Justiça e que já custou R$ 18,8 milhões em verbas públicas.
“A Câmara é caixa de ressonância da sociedade. A decisão dos vereadores mostrou um alinhamento com os anseios dos moradores da nossa cidade, mostrando não se tratar de uma postura político-partidária e sim um sentimento. Recebi esse posicionamento com a disposição de trabalhar com celeridade em modificar o destino do projeto. Será uma das prioridades do início do nosso governo”, pontuou Morando, detalhando que tem trabalhado em conseguir agenda com o Ministério da Cultura, chefiado por Roberto Freire (PPS).
A reprovação à proposta irritou Marinho, que tem declarado ver como improvável êxito por parte de Morando em conseguir alterar conclusão do Museu do Trabalho e do Trabalhador.
Desde o início das intervenções, ocorrido ainda em 2012, o projeto foi duramente contestado por munícipes e bancada de oposição. O prédio foi erguido no espaço do antigo Mercado Municipal, no Centro, e foi idealizado com o objetivo de enaltecer a trajetória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), padrinho político do atual prefeito de São Bernardo.
Antes com maioria no Parlamento, Marinho tem amargado derrotas em votações de projeto, desde a derrota em primeiro turno de seu candidato a prefeito, o secretário de Coordenação Governamental Tarcisio Secoli (PT).
No Legislativo, Morando vem costurando adesões para conquistar governabilidade logo no início da gestão. “O que temos focado é pela execução dos projetos apresentados durante a campanha eleitoral. A responsabilidade da Câmara é primordial neste aspecto”, acrescentou Morando.
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