Apesar de estarem com o salário atrasado há um mês, professores da FSA (Fundação Santo André) optaram por não entrar em greve, conforme assembleia realizada ontem. O Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do ABC) afirma que vai solicitar reunião com a reitoria para conversar sobre a situação difícil, que se arrasta desde 2014.
A justificativa dos docentes que votaram contra a paralisação é a proximidade do vestibular da instituição, que acontece no domingo. Conforme os participantes, a decisão poderia prejudicar a matrícula de novos alunos na FSA.
A maioria dos 400 professores não compareceu à reunião. “É um momento de vestibular e, apesar de estarmos com pauta de reivindicações que seria apresentada em caso de greve, vamos continuar cobrando. Nossa principal preocupação é que o salário seja pago”, disse o presidente do sindicato, José Jorge Maggio.
Conforme a entidade, o salário do mês de outubro, que deveria ter sido pago no quinto dia útil de novembro, foi depositado parcialmente ontem. Os profissionais receberam quantia de R$ 500 e a previsão é que os vencimentos relativos a novembro também atrasem. “O 13º salário do ano passado não foi pago aos professores e já está em âmbito da Justiça. O deste ano também não foi acertado”, contou Maggio.
A instituição, que mantém cerca de 6.000 alunos e oferece 29 cursos de graduação, passa por grave situação financeira desde 2014. No ano passado, o professor José Amilton de Souza renunciou ao cargo de reitor. Questionada sobre a assembleia e sobre os atrasos, a FSA não retornou até o fechamento desta edição.
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