Vereador eleito pelo PPS em Diadema fez movimentação fora da conta bancária
Vereador eleito em Diadema, Audair Leonel (PPS) teve a prestação de contas de sua campanha rejeitada pela Justiça Eleitoral. Análise feita em primeira instância apontou movimentação financeira fora da conta bancária aberta pelo popular-socialista e despesas não declaradas pelo futuro parlamentar. Ainda cabe recurso.
A decisão, entretanto, não gera problemas eleitorais a Leonel, segundo especialista consultado pelo Diário. Alberto Luís Rollo, advogado especializado em Direito Eleitoral, indicou que negativas às prestações de conta geram multas, mas não impedem que o eleito seja diplomado e tome posse normalmente.
“O que pode haver é o ponto de partida de uma investigação no Ministério Público. Por exemplo, se houver indícios de caixa dois, o caso vai para a promotoria e, lá, dependendo do avanço, pode ser oferecida ação por improbidade ou denúncia de crime”, relatou.
Segundo a Justiça Eleitoral, Audair Leonel pagou R$ 900 pelo aluguel de um imóvel sem que esse dinheiro tivesse saído da conta bancária aberta por ele para a campanha. Nota fiscal de doação da empresa WAG Gráfica Ltda também não consta na relação entregue pelo vereador eleito, o que pode caracterizar omissão de recursos por parte do então candidato. Outra falha indicada foi com relação ao uso de R$ 3.790 para pagamento de material de publicidade sem devida identificação eletrônica.
Audair Leonel atuou na Secretaria de Transportes no governo de Lauro Michels (PV). Recebeu 2.850 votos, em coligação do PPS com PEN e DEM, sendo o quarto colocado desta aliança – a parceria elegeu cinco parlamentares. Em 2012, pelo PR, obteve R$ 1.735 votos e ficou como primeiro suplente da bancada que tinha emplacado quatro nomes. O popular-socialista não retornou aos contatos da equipe do Diário.
Outro vereador que teve contas rejeitadas foi Reinaldo Meira (DEM), que fracassou nas urnas no dia 2. Segundo a Justiça Eleitoral, Meira não comprovou doações acima de R$ 2.000 de pessoas desempregadas e até recursos recebidos de beneficiários de programas sociais. No caso do democrata, também cabe recurso da decisão.
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