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Queda de balões diminui quase 57% em 5 anos
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
02/06/2005 | 08:11
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O número de ocorrências envolvendo balões no Grande ABC diminuiu 56,86% nos últimos cinco anos, segundo o 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros, responsável pela região. Na área do Pólo Petroquímico de Capuava, entre Santo André e Mauá – onde caem muitos balões – a diminuição foi de 69,02% entre 2001 e 2004, de acordo com a coordenadoria de segurança do pólo.

Neste ano, foram registrados cinco casos em toda a região pelos bombeiros. Foram 13 no pólo, que não costuma comunicar o Corpo de Bombeiros sobre as ocorrências, pois consegue solucionar todos os casos por meio de sistema de segurança. Nos últimos cinco anos, também não ocorreu nenhum incêndio grave e nenhuma pessoa ficou ferida com gravidade em decorrência dos balões.

Tanto para o Corpo de Bombeiros como para o pólo, que envolve 15 empresas, a redução verificada se deu graças à campanha que o grupo realiza há nove anos no Grande ABC, que combate a prática de soltar balões. Há sete anos, o tema é sempre o mesmo: Soltar Balão é Crime.

A preocupação com os balões aumenta nos meses de junho e julho, em razão das festas juninas. Nesses meses, costumam ser registradas as maiores incidências de quedas. “A campanha ajudou e continua contribuindo para conscientizar os jovens. Isso facilitou nosso trabalho”, afirmou o soldado Diógenes Neves, destacado pelo comando do 8º Grupamento dos Bombeiros para comentar o assunto.

“Desde 2001, em junho e julho, todos os setores de segurança se unem para combater o problema. O trabalho vem dando certo”, disse o coordenador de segurança do pólo, Luciano Teodoro.

“É preciso instituir um disque-denúncia específico para balões, além de agruparmos os setores industrial e de aviação para combater o problema. Essas medidas melhorariam mais os resultados”, disse o superintendente da PQU (Petroquímica União), Wilson Matsumoto.

Desde 13 de fevereiro de 1998, a lei federal 9.605, artigo 42, determina que soltar, fabricar, vender e transportar balões é crime ambiental. A pena é de três anos de detenção mais multa. Apesar da lei, segundo o Corpo de Bombeiros, ninguém ainda foi preso na região.




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