O setor de indústria foi o que mais eliminou vagas no mês passado, com o fechamento de 48 mil postos de trabalho. O comércio fechou 8 mil ocupações, enquanto o de serviços encerrou 13 mil. Nos setores de construção civil e serviços domésticos foram fechados 28 mil postos de trabalho.
O nível de emprego caiu 8,9% nos setores de química e borracha, 4,6% em vestuário e têxtil e 3,5% em alimentação. Gráfica e papel e metal-mecânico foram os únicos a apresentar bom desempenho, com alta de 1,9% e 0,7%, respectivamente.
Rendimento - Após três meses em queda, o rendimento médio dos trabalhadores permaneceu praticamente estável em fevereiro, caindo de R$ 883 para R$ 881, uma redução de 0,2%, de acordo com a pesquisa. Houve alta de 0,9% no rendimento dos assalariados, que ficou, em média, em R$ 938. Em relação a fevereiro de 2002, porém, os rendimentos dos trabalhadores caíram 8,5% e dos assalariados, 7,9%.
Também ficou praticamente estável, com leve alta de 0,3%, o salário médio no setor privado. Na indústria, houve alta de 1,2%, no comércio, de 1% e em serviços, de 0,4%. Já na comparação com fevereiro de 2002, o salário médio no setor privado caiu 7,5%.
O rendimento médio dos homens ficou praticamente inalterado, em R$ 1.042 em fevereiro, enquanto o das mulheres caiu 0,7%. Assim, o rendimento médio das mulheres foi de R$ 677, o equivalente a 65% do salário masculino. Entre os 10% de ocupados mais pobres foi registrada queda de 1,3% nos rendimentos, que passaram para R$ 200, enquanto entre os 10% de ocupados mais ricos, a variação foi positiva em 0,5%, passando a R$ 1.824.
Tempo - O tempo médio gasto na procura por trabalho caiu em março, embora o desemprego tenha aumentado. Segundo a pesquisa, os desempregados levaram 53 semanas para encontrar um emprego, uma semana a menos que em fevereiro.
Quanto à carga horária, a jornada média semanal de trabalho dos assalariados caiu três horas, para 42 horas. O total de assalariados que trabalharam mais de 44 horas passou de 49% para 40,5% no mês passado.
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