O Japao, que sedia a 25ª ediçao da cúpula, havia eleito como tema de discussao a nova economia mundial, mas nao pôde evitar os outros assuntos, mais urgentes e polêmicos. Apesar de nao figurar na ordem do dia, o projeto norte-americano de defesa antimísseis (NMD) nao escapou de um exame exaustivo. Radicalmente oposto ao plano, o presidente russo, Vladimir Putin, abordou a questao com seu colega dos EUA, Bill Clinton, durante um encontro bilateral.
O chanceler alemao, Gerhardt Schroeder, manifestou seu ``ceticismo' em relaçao a esta iniciativa, enquanto que Moscou acaba de receber todo o apoio da China e da Coréia do Norte.
Por sua vez, Putin deve ter que falar sobre a questao chechena, que deve ser abordada durante o encontro, a pedido da França. Irritado com a atitude de Paris, Putin vai tentar ignorar seu colega francês, enquanto estiver reunido com os outros líderes do G8. Assim que chegou, Clinton deu a entender que poderia encurtar sua presença em Okinawa para voltar a Camp David, onde israelenses e palestinos continuam negociando.
Está previsto que durante o encontro de trabalho desta sexta-feira, os líderes do G8 manifestarao seu apoio ao processo de paz, segundo várias fontes. Clinton afirmou à imprensa que guarda ``esperanças' de que Camp David termine com um sucesso histórico.
Aberta às 15H30 locais (03H30 de Brasília), num hotel construído especialmente para a ocasiao, a cúpula foi consagrada a princípio a questoes estritamente econômicas. Os chefes de Estado e de governo do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Gra-Bretanha, França, Itália, Japao e Rússia) respaldaram o diágnostico otimista de seus ministros das Finanças sobre a cojuntura econômica mundial.
O presidente da Comissao Européia, Romano Prodi, também participa do encontro, junto com os presidentes norte-americano, Bill Clinton, russo, Vladimir Putin, francês, Jacques Chirac, e os chefes de governo alemao, Gerhardt Schroeder, canadense, Jean Chretien, britânico, Tony Blair, japonês, Yoshiro Mori e italiano, Giuliano Amato.
Algumas manifestaçoes aconteceram em frente ao hotel, mas sem incidentes graves. Quatro ativistas da organizaçao ecologista Greenpeace conseguiram desembarcar nas imediaçoes do local onde acontece a cúpula, apesar do enorme dispositivo policial.
Pela manha, Clinton rendeu homenagem aos 238.000 mortos na batalha de Okinawa (durante a Segunda Guerra Mundial) e prometeu fazer todo o possível para que a presença militar dos EUA interfira menos na rotina da populaçao de de Okinawa, onde volta e meia sao registrados casos de abuso sexual dos militares norte-americanos a adolescentes da regiao. Mais de 10.000 habitantes da ilha fizeram um protesto esta quinta-feira contra a presença das bases dos EUA, que ocupam 20% da ilha de Okinawa.
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