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Natal: compras no cartão crescem 42%
Gabriela Gasparin
Especial para o Diário
13/12/2007 | 07:06
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Dezembro é o melhor mês para a indústria de cartões de crédito. A alta do faturamento com a moeda de plástico será de 41,8% nos trinta últimos dias do ano na comparação com o resto de 2007 no País, o equivalente a R$ 20,7 bilhões – a média de janeiro a novembro é de R$ 14,6 bilhões.

O otimismo em relação a este mês tem concentração na semana que antecede o Natal, quando deverão acontecer 29,5% das compras de presentes, o equivalente à movimentação de R$ 6,1 bilhões. Segundo dados da Itaucard, divulgados nesta quarta-feira.

As cifras anunciadas para o mês são recordes. Pela primeira vez, o faturamento mensal da indústria ultrapassará a casa dos R$ 20 bilhões, de acordo com o diretor de Marketing de Cartões, Fernando Chacon.

Embalada nos resultados de crescimento, a indústria de cartões deverá fechar 2007 com faturamento de R$ 182 bilhões.

O crescimento deverá ser de 20,4% ante 2006. Para o ano que vem, a expectativa de acréscimo é de 19%. “A opinião é conservadora Acredito num aumento de 21%”, revelou Chacon.

CRÉDITO

No entanto, para alcançar valores tão altos em termos de faturamento, a indústria de cartões está na mão do parcelado sem juros – facilitador na hora das compras de Natal.

A opção de pagamento será responsável por 51,6% das operações neste ano, alta de 1,2 ponto percentual na comparação com 2006, quando o índice era 50,5%. Em 2005, as vendas parceladas sem juros representavam 48,5%.

No Grande ABC, os consumidores admitem serem reféns das tentações oferecidas pelo dinheiro de plástico nas compras de Natal.

De sacolas nas mãos após comprar com cartão presentes na rua Coronel Oliveira Lima, em Santo André, o casal Thiago de Souza Hernandez, 23 anos, e Andréia de Carvalho, 30, operadores de supermercado, afirmaram não saberem mais viver sem a forma de pagamento.

“Faz sete anos que tenho. Opto por usar o cartão por causa da facilidade na hora de pagar, como parcelar sem juros”, disse Andréia.

Hernandez concordou. “Se não fosse o cartão, teríamos de voltar a usar o cheque. No entanto, o papel não é tão prático.”

A praticidade do uso do cartão não foi descoberta somente pelo operador de supermercado.

Neste ano, a quantidade de transações com cartão de crédito superará a de cheques compensados em 52%.

Segundo projeção da Itaucard, o total de transações deverá ser, respectivamente, de 2,4 e 1,5 bilhões.

Em 2005, as operações com cheques representavam 2 bilhões e as de cartões, 1,7 bilhões. A inversão aconteceu no ano passado: quando o cenário foi de 1,7 bilhões de operações com cheques compensados e 2 bilhões com cartões.



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