No acumulado de janeiro a setembro, as remessas das montadoras somaram US$ 38,46 milhões, contração de 75% ante volume alcançado em igual período de 2015, quando a soma foi de US$ 154 milhões. Só em setembro, foram apenas US$ 906 mil, baixa de 94% sobre o resultado do mesmo mês do ano passado, quando os lucros e dividendos enviados à matrizes alcançaram US$ 16 milhões.
Os recuos nas remessas refletem as consecutivas quedas nas vendas de veículos no Brasil. No acumulado de janeiro a setembro, os emplacamentos caíram 22,8% na comparação com igual período do ano passado. O mercado caminha para o quarto ano seguido de queda, depois de retrações de 26,5% em 2015, de 7,15% em 2014 e de 0,9% em 2013.
O setor automotivo, no entanto, não é o único a reduzir as remessas de lucros e dividendos ao exterior. Segundo dados divulgados nesta terça-feira, 25, pelo Banco Central, na Nota do Setor Externo, as remessas caíram 31% no acumulado de janeiro a setembro, considerando todos os setores da economia.
Em setembro, o montante remetido por todas as empresas somou US$ 899 milhões, abaixo dos valores registrados em julho (US$ 1,639 bilhão) e em agosto (US$ 1,767 bilhão). A diminuição foi, segundo analistas, a principal responsável pelo menor déficit em conta corrente no País em setembro, de US$ 465 milhões, contra US$ 579 milhões em agosto.
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