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Brasil gasta R$ 32 bi com acidentes de trabalho
Por Da Agência Brasil
30/07/2007 | 07:04
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O Brasil gasta 4% de seu PIB (Produto Interno Bruto) – o equivalente a R$ 32 bilhões – com despesas relacionadas a acidentes de trabalho por ano: são indenizações pagas pela Previdência Social, custos em saúde, perda de produtividade, entre outros.

Segundo o INSS, do valor total de gastos, cerca de R$ 8 bilhões correspondem a benefícios acidentários e aposentadorias especiais.

Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), mostram que o gasto no mundo corresponde a 4% do PIB mundial, ou seja, tudo que os países produzem em serviços e bens.

Segundo o médico e consultor da entidade, Zuher Handar, uma análise feita pela OIT mostra que esse percentual é 20 vezes maior que toda a ajuda oficial do mundo direcionada ao desenvolvimento dos países menos industrializados.

LEVANTAMENTO - Na análise feita pela OIT, dos cerca de 270 milhões de ocorrências mundiais envolvendo trabalhadores em 2005, 160 milhões foram doenças do trabalho.

Desse total, 2,2 milhões resultaram em mortes e 360 mil delas decorreram de acidentes tipicamente relacionados ao trabalho.

Para Handar, quanto menos desenvolvido o país, maior o número e o nível da gravidade dos acidentes. O médico explica que a riqueza da nação está ligada ao investimento em segurança do trabalho.

A OIT também estima que os países da América Latina e do Caribe perdem US$ 76 bilhões por ano com mortes e lesões causadas por doenças do trabalho. Segundo a entidade, isso significa algo entre 2% e 4% do PIB dessa região.

AVANÇO - O presidente da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho), Remígio Todeschini, afirma que o Brasil tem diminuído a taxa de incidência de acidentes e de mortalidade nas empresas brasileiras, mas que as estatísticas ainda representam o dobro do que é registrado nos países desenvolvidos

"Há um desafio muito grande a ser perseguido e há um esforço do Ministério do Trabalho em ampliar a prevenção, focado também na fiscalização e no aperfeiçoamento da legislação trabalhista”, afirma.




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