A 16 dias do segundo turno da eleição, o candidato à reeleição em Diadema, Lauro Michels (PV), e o opositor Vaguinho do Conselho (PRB) pautam o posicionamento do PT em suas campanhas.

Em crise institucional, o petismo foi apenas o terceiro colocado na corrida ao Paço, em projeto liderado por Manoel Eduardo Marinho, o Maninho.

Vaguinho, que vem colecionando apoios publicamente de lideranças e vereadores da legenda, tem evitado menções sobre a aproximação. O principal temor é perder eleitores do primeiro turno, uma vez que fatia desse grupo reprova pacto.

Já Lauro tem justamente buscado mostrar união do rival com os petistas. O verde se coloca em seus discursos como o candidato antiPT e diz que eventual vitória de Vaguinho significa gestão com participação de integrantes da sigla. “Eu tenho falado sobre isso porque desde o começo o Vaguinho e o PT são um projeto só”, criticou.

Na semana passada, o PT de Diadema oficializou neutralidade no segundo turno do processo eleitoral. Porém, deixou livre o posicionamento de seus filiados. De imediato, os vereadores Ronaldo Lacerda e Josa Queiroz tornaram público apoio a Vaguinho, que não foi localizado para comentar o assunto.

“Os dois projetos que ficaram no segundo turno não nos representam. Contudo, têm diferença. O Lauro tem uma péssima gestão. Agora, o PT não fez alinhamento programático para apoiar candidaturas. O que houve foram manifestos pontuais”, descreveu o presidente do PT de Diadema, o ex-prefeito Mário Reali.

BUSCA E APREENSÃO
O comitê do candidato Vaguinho do Conselho, na Avenida Dom João VI, no Jardim Canhema, foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil, obedecendo à decisão da juíza Cláudia Maria Carbonari de Faria, da 329ª Zona Eleitoral, que determinou, por liminar, a apreensão de 15 mil jornais.

De acordo com a assessoria de campanha de Lauro, o material “é difamatório” em relação a textos como os investimentos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), por meio da venda da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema), feita pelo verde em 2013. “Conseguimos flagrar a distribuição pelo comitê e acionamos a Justiça, porque se trata de um material questionável”, pontuou o coordenador jurídico da campanha, Fernando Moreira Machado.

Procurada pelo Diário, a assessoria de campanha de Vaguinho não se pronunciou sobre o episódio até o fechamento desta edição.