Ela pediu um refrigerante, ganhou; um bolinho, e ganhou dois. E o presente? “Ninguém trouxe”, lamentava-se Aparecido Silva, o Cidão, filho adotivo de Maria Olívia da Silva, que completou terça-feira 126 anos e é considerada a mulher mais idosa do Brasil – apesar de ter nascido na Polônia – e, possivelmente, do mundo.
Como faz todos os dias, desde que acorda, às 7h, dona Maria passou a maior parte do tempo sentada no sofá puído da sala. O que quebrou a rotina foram as visitas. “Mais de 60” até às 15h, contabilizava Cidão, que anuncia seu trabalho numa tosca placa de madeira à entrada da casa como “topa-tudo”, especializado em consertos de guarda-chuvas e sombrinhas.
“É uma oportunidade rara conhecer uma pessoa tão idosa como ela”, justificou Miguel Manoel Teodoro, que viajou de moto os 10 quilômetros que separam Astorga, norte do Paraná, do distrito rural de Içara, onde dona Maria reside. “Tenho 55 anos e já estou caindo pelas tabelas, com dor por todo o corpo”, comparou Teodoro
Dona Maria fala baixo, tem dificuldade em pronunciar as palavras, enxerga mal e apresenta deficiência auditiva, mas está lúcida, comprovam todos os que foram visitá-la. “Quero um vestido de ouro”, brincou dona Maria com um dos visitantes que ousou perguntar o que ela pretendia ganhar.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.