Em solos, a paulistana Graça Cunha passeia por variados estilos, com predileção pela gama brasileira. Amanhã, em Santo André, a cantora - dotada de versatilidade - faz diferente: concentra a voz na levada do blues.

Graça é convidada do projeto Terças Ímpares, idealizado pela Cry Babe Band, com palco no Tupinikim Bar & Restaurante. O conjunto andreense tem Valter Vilela no baixo e vocal, Álvaro Stone na bateria e Ninho Vilela na guitarra.

Segundo Stone, o show será baseado no rythm & blues. "Com destaque para as guitarras de pegada mais texana, na linha de Stevie Ray e ZZ Top", explica. No setlist, temas conhecidos convidam para dançar, casos de Mustang Sally e Superstition.

ENCONTROS - Integrante da banda Altas Horas, no programa homônimo comandado por Serginho Groisman, Graça já cantou com a Cry Babe Band. Há cerca de cinco anos. "Eu encontrei os meninos em Paranapiacaba. Eles tocavam blues no Festival de Inverno. Acabou que rolou uma canja. Foi divertido. Desde então, estamos em contato pela rede", conta a intérprete, que também soma trabalhos em musicais, como Hairspray.

Intimidade com o blues Graça tem de sobra. Além de não deixar de ouvir B.B. King e outros nomes, integrou bandas do segmento, como a Soul Blues, com o guitarrista Cláudio Celso.

"O blues agrega. Todo mundo conhece algum. O gênero é escola até para cantar outros ritmos. Tem aquela coisa do sentimento", aponta a cantora com 17 anos de estrada.

Depois de ser bem acolhida com o álbum de estreia, De Virada (2007), está em fase de gravação do segundo CD que deve ser lançado até novembro. "Das 15 músicas, 11 já foram gravadas. Brinco bastante com os ritmos", aponta.

No disco, sem nome definido, há samba, bossa-nova, maracatu e outros. É acompanhada de Ogair Junior (piano), Robertinho de Carvalho (baixo), Dino Baroni (guitarra) e Ramon Montagner (bateria).

Terças Ímpares: Cry Babe Band convida Graça Cunha - Música. Amanhã, às 21h. No Tupinikim Bar & Restaurante - Rua das Monções, 585, Santo André. Tel.: 4436-9231. Ingr.: R$ 10.