Hoje, o sistema de transporte de Mauá atende, por dia, 120 mil pessoas, mas 35 mil é o número de passageiros que fazem integração no terminal, segundo a Prefeitura.

“Os passageiros não precisarão mais fazer a chamada integração física, ou seja, ir até o terminal central para trocar de ônibus. Agora, em um intervalo de uma hora, será possível pegar outra linha em direção ao seu destino em qualquer ponto do município”, afirma Renato Almeida, diretor do Departamento de Transporte e Trânsito de Mauá.

No entanto, o cartão não possibilita as chamadas viagens ida e volta. “Ele não poderá ser usado para trajetos como Jardim Zaíra-Centro/ Centro-Jardim Zaíra, por exemplo. O objetivo é facilitar a integração. No caso de um trajeto ida e volta, o sistema reconhece e não aceita o cartão”, explica Almeida. Em São Paulo, onde o sistema do bilhete único já está em vigor, o passageiro pode fazer qualquer trajeto no prazo de duas horas pagando somente uma passagem.

Entre esta quinta e o dia 12 de julho, o sistema passará por testes em Mauá. O usuário, ao entrar no ônibus, pagará a passagem para o cobrador e este liberará a catraca com o cartão.

No início, haverá apenas um posto de distribuição e recarga dos cartões, no terminal central da cidade. A ampliação dos locais de distribuição – que no futuro pode incluir os próprios ônibus – dependerá da procura pelo serviço, segundo a Prefeitura. O cartão será gratuito e o usuário pagará apenas o número de passagens que desejar. O valor da tarifa é de R$ 1,75. Se o usuário perder o cartão, ele será bloqueado e os créditos existentes repassados para outro bilhete.

Segundo o diretor do Departamento de Transporte, os 170 ônibus da frota de linhas municipais já estão com a catraca eletrônica, e estarão em testes a partir desta quinta.

Trens e trólebus – Levantamento realizado pela prefeitura aponta que diariamente são realizadas 6.000 viagens na área central da cidade. Os principais objetivos dos passageiros são fazer a integração, ir ao comércio local e utilizar os trens metropolitanos. Por esta razão, a prefeitura negocia com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) a integração dos sistemas. Técnicos das duas empresas foram conhecer o bilhete de Mauá e testar sua compatibilidade com os utilizados hoje em trens e trólebus.

Após essa distribuição inicial, a próxima etapa será o cadastramento do vale-transporte, por meio de listas de trabalhadores que serão enviadas pelas empresas. Posteriormente, serão emitidos cartões para estudantes e o chamado cartão social, destinado aos idosos e deficientes físicos. Quando o sistema estiver funcionando plenamente, serão 130 mil cartões.