As metas de inflação, que também levam em conta a taxa de juros a 18,25% ao ano, têm uma margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo. Portanto, a meta para este ano, que é de 4%, pode chegar a até 6%. A previsão do mercado financeiro é de que a inflação encerre 2001 em 5,6%.
O diretor de Política Econômica o BC, Ilan Goldfajn, admitiu nesta sexta-feira que enquanto a estimativa para o crescimento econômico pode ser considerada conservadora, há 40% de chances da inflação romper a meta, passando de 6%. Para isso, ele justificou que houve vários choques que provocaram incertezas, como a crise financeira e a desvalorização do real.
Segundo Goldfajn, a projeção de inflação foi feita tomando por base um reajuste integral para os combustíveis. Até a próxima sexta-feira, o governo deve anunciar o aumento que será calculado com base no desempenho do câmbio e dos preços do petróleo no exterior no último trimestre. No entanto, o decreto possibilita o governo a parcelar o aumento.
Para os 12 meses encerrados em junho, a projeção para o IPCA é de 7,3%. Já nos 12 meses terminados em setembro, a expectativa é de um IPCA de 5,9%. A expectativa de inflação para 2002 foi mantida em 3%, também com juros constantes de 18,25% ao ano.
PIB - Já a projeção Produto Interno Bruto (PIB) de 2001 foi revisada para baixo, passando de 4,3% para 2,8%. A revisão se deve ao fato de na época do último relatório do BC, referente ao mês de março, ainda não haver reflexos da crise de energia elétrica na economia.
A expectativa do mercado financeiro para o PIB deste ano é de 3%.
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