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Brasil Vôlei se aproxima do fim
Bianca Daga
Especial para o Diário
15/04/2010 | 07:00
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A eliminação na Superliga 2009/2010 frente aos mineiros do Montes Claros na terça-feira pode ter sido o capítulo final da história do Brasil Vôlei, um dos clubes mais tradicionais do esporte no País. Sem ter como jogar para mostrar boas atuações em quadra e atrair novos patrocinadores, a equipe se vê cada vez mais distante do sonho de sobreviver.

Segundo o secretário de Esportes de São Bernardo, José Luiz Ferrarezi, a Prefeitura e os dirigentes da equipe, fazem reuniões semanais para tentar acordo com o setor privado, mas por enquanto, nenhum retorno foi garantido. "No domingo, conversamos com o Banco do Brasil e na terça, com a Volkswagen, e nenhum dos dois deu resposta. Nos próximos dias, tentaremos Bombril e JBS (grupo dono de marcas como Vigor e Leco)", contou.

A crise no Brasil Vôlei começou no ano passado, quando o Banco Santander anunciou que deixaria de investir na modalidade. No entanto, a entidade garantiu manter o repasse de verbas até o fim da Superliga, neste mês, dando prazo para os dirigentes encontrarem um novo parceiro, mas o custo do elenco é alto, estimado em R$ 6 milhões por temporada.

Para Ferrarezi, a Prefeitura do município cumpriu seu papel. "Demos toda a infraestrutura necessária. Mas para pagar o salário dos atletas, precisamos das empresas e infelizmente os empresários só se preocupam com questões menos importantes", criticou.

Sobre o peso que a desclassificação na Superliga tem nas negociações, o secretário avalia que não estar mais competindo é um argumento a menos para atrair patrocínio. "Com o time fora de cena, tudo fica mais difícil. Cada jogo era uma forma de chamarmos atenção. Agora temos apenas estatísticas do que já foi para apresentar aos empresários", lamentou.

O projeto, que existe há 26 anos - já recebeu o nome de Banespa, de Santander e passou a ser Brasil Vôlei na temporada 2008/2009 -, revelou nomes de peso como Ricardinho, e Giovani, Lorena, que defende o Montes Claros, além de craques da atual seleção brasileira como Eder e Cidão.

"Ainda estou otimista, mas não dá para exigir que os jogadores continuem no time. Eles estão livres para buscar outros clubes. Vamos tentar de tudo até o fim da Superliga, mas depois disso não adianta insistir. O que será muito triste porque o Brasil Vôlei faz parte da história do esporte no Brasil e não só em São Bernardo", concluiu Ferrarezi.




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