Nassau, um homem com notável espírito empreendedor, permaneceu no Brasil de 1636 a 1644, subordinado, na qualidade de administrador, à Companhia Holandesa das Indias Ocidentais, um misto de empresa comercial, militar e colonizadora de caráter privado. Graças a ele, as pessoas puderam manifestar livremente suas crenças religiosas, engenhos de açúcar conheceram novidades técnicas, cidades (Recife, sobretudo) ganharam planos de urbanizaçao, lavouras foram ampliadas e fazendas de gado inauguradas.
O mais notável na administraçao Nassau, no entanto, foi sua equipe de colaboradores, formada nao por burocratas, mas por cientistas de áreas como história natural, astronomia, meteorologia e medicina. Trouxe, ainda, artistas como os pintores Frans Post e Albert Eckhout, os primeiros a retratar cenas e paisagens do cotidiano do Brasil. É deles, entre outros, a autoria das belas imagens que ilustram a obra. De Post, aliás, estao reunidos pela primeira vez em livro os sete óleos sobre tela pintados por ele no Brasil.
De Eckhout, por outro lado, O Brasil e os Holandeses traz nao só seus óleos, mas um relevante ensaio de sua obra assinada por Paulo Herkenhoff, crítico também responsável pela organizaçao do livro. Entre os demais assuntos abordados na obra estao a Companhia das Indias Orientais, a representaçao do negro, a presença dos judeus, a cartografia holandesa do Brasil, arquitetura e urbanismo, o canibalismo, ciência, comércio e arte.
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