O ex-chefe da Polícia de Nova York Bernard Kerik renunciou na sexta-feira à sua recente nomeação para o cargo de secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, alegando motivos pessoais.
A imprensa americana vinha noticiando possíveis conflitos entre interesses privados e públicos na sua atuação. "O delegado Kerik informou à Casa Branca esta noite que retira seu nome, por motivos pessoais, para o cargo de secretário do Departamento de Segurança Interna", disse o porta-voz do governo, Scott McClellan. "O presidente respeita sua decisão e deseja o melhor ao comissário Kerik e a sua esposa, Hala", acrescentou.
Kerik, conhecido por sua franqueza e dotes para artes marciais, foi designado no dia 3 de dezembro pelo presidente George W. Bush para a secretaria do Departamento de Segurança Interna, em substituição a Tom Ridge.
Ele estava à frente da Polícia de Nova York na época dos atentados de 11 de setembro de 2001, antes de mudar para Washington.
O presidente americano, reeleito no dia 2 de novembro para um segundo mandato, realizou uma modificação significativa em seu gabinete, com destaque para a ênfase no Departamento de Segurança Interna.
"É com um profundo pesar que os informo que não posso dar seqüência ao processo de nomeação para me tornar secretário da Segurança Interno", afirmou Bernard Kerik em uma carta a George W. Bush, divulgada pela Casa Branca na sexta-feira à noite.
"Ainda que sempre considerarei a confiança que demonstrou em mim como a maior honra da minha vida, estou convencido de que, por motivos pessoais, se continuasse não estaria defendendo o melhor para o seu governo, para o Departamento de Segurança Interna e para o povo americano."
"Permaneço firme na minha convicção de que poderia fazer contribuições valiosas ao Departamento (...)", mas "nas atuais circunstâncias, eu não posso permitir que questões de índole pessoal distraiam o Ministério da Segurança Interna de sua crucial tarefa", acrescentou Bernard Kerik.
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