O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve sagrar-se o grande vencedor nas eleições deste ano na região. Até o momento, os tucanos conquistaram as prefeituras de São Caetano (com José Auricchio Júnior) e Rio Grande da Serra (Gabriel Maranhão reeleito). Assim, pela primeira vez na história, o partido terá dois gestores no mesmo mandato nas sete cidades. E esse número pode subir para quatro, se Paulinho Serra (Santo André) e Orlando Morando (São Bernardo) confirmarem o favoritismo no segundo turno. Cabe ressaltar ainda que o PMDB perdeu o comando de dois Paços: São Caetano e Ribeirão Pires, onde foi eleito Adler Kiko Teixeira, do PSB, do vice-governador Márcio França. Os socialistas ainda podem obter êxito em Mauá, com Atila Jacomussi. Para completar, Lauro Michels (PV) tem tudo para conquistar segundo mandato em Diadema.
Se esse cenário se configurar na votação do segundo turno, dia 30, Alckmin pode comemorar a saída do PMDB e do PT do Grande ABC, que hoje possuem cinco das sete prefeituras. Para o petista, será a primeira vez na história que ficam sem qualquer Executivo na região.
O eleitor dá claro recado ao PT, que deve refletir sobre seus deslizes na terra que fez Lula desabrochar e onde o partido nasceu. O cidadão deposita voto de confiança aos aliados do governador. Mas a sociedade local também quer resultados.
O Grande ABC espera que o governo paulista desenrole o imbróglio técnico-financeiro e inicie as obras da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará a região à Capital; o Grande ABC aguarda as prometidas reformas das estações da CPTM e construção da parada Pirelli; o Grande ABC torce para a finalização da Fábrica de Cultura e da unidade da Rede Lucy Montoro em Diadema; o Grande ABC quer o repasse da verba para cobrir o piscinão do Paço de São Bernardo; o Grande ABC está na expectativa da conclusão do Hospital Municipal de Ribeirão Pires; o Grande ABC conta com atendimento digno e eficaz na distribuição de remédios de alto custo no Hospital Estadual Mário Covas.
Sem falar no comprometimento em ajudar no Teleférico de Ribeirão Pires, no Centro de Referência de Ginástica de São Caetano, na recuperação da Estrada Velha, na construção de unidades habitacionais, entra outras ações. Temos ainda dois anos e três meses de mandato de Alckmin, se o tucano não deixar o governo antes para disputar a Presidência em 2018. Será que até lá tudo isso será cumprido?
Chove água... e dinheiro
A Câmara de Santo André cancelou ontem a sessão por problemas causados pela chuva de segunda-feira, que alagou os gabinetes e departamentos da Casa. É a terceira vez que a plenária não ocorre pelo mesmo motivo. O prédio do Legislativo passa por processo de impermeabilização, iniciado em julho. O prazo de término dos trabalhos foi estendido de setembro para novembro, em decorrência de imprevistos encontrados pela empresa responsável pela execução da obra, segundo a Câmara. O valor do contrato foi aditado em 23,95% (mais R$ 133,5 mil) sobre o valor inicial da intervenção, de R$ 557,4 mil.
Barbas de molho
O empresário Taka Yamauchi (PSD), que obteve 12% dos votos no primeiro turno da corrida pelo Paço de Diadema, vai conversar com Kiko Teixeira (PSB) antes de definir apoio no segundo turno. Eleito prefeito de Ribeirão Pires, o socialista foi chefe de Gabinete de Lauro Michels (PV), que tenta a reeleição. Saiu brigado com o verde. E a relação entre os dois ainda não anda bem. Lauro disputa a etapa final do pleito com Vaguinho (PRB).
Perdas
Candidato à reeleição em Mauá, o prefeito Donisete Braga (PT) reuniu na segunda-feira a coordenação da campanha e os vereadores eleitos de seu grupo para tratar de estratégia de segundo turno. Dois parlamentares de sua coalizão, vitoriosos nas urnas domingo, não apareceram e estão praticamente fechados com o adversário neste segundo turno, Atila Jacomussi (PSB). Fernando Rubinelli (PDT), filho do vereador petista Wagner Rubinelli, e Cincinato Freire (PDT) não comunicaram oficialmente a fuga, mas a ausência deles foi interpretada como perda.
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