No primeiro dia de atividades externas, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), falou ontem em mudanças de estratégia neste segundo turno, criando, por exemplo, coordenações nas dez zonas eleitorais da cidade e jogando as fichas por reversão contra o adversário e ex-vereador Paulinho Serra (PSDB) ao buscar adesão de quem rejeitou o processo (brancos, nulos e abstenções), de rivais derrotados no pleito e “de quem votou no 45”, além de mirar ataques ao governo de São Paulo, nas mãos de Geraldo Alckmin (PSDB), na tentativa de atrelar a imagem do tucano andreense ao Palácio dos Bandeirantes. “É inadmissível que venhamos a perder para governo que só sabe fechar escolas e tirar merenda”, pontuou o petista, em plenária no Sindicato dos Metalúrgicos.
Ao lado de militantes e lideranças de partidos aliados, Grana elencou obras prometidas pelo Estado, ainda sem efetivação, como reforma das estações de trem, CRI (Centro de Referência do Idoso), Rede Lucy Montoro e Metrô. “Não fez nada e se envolveu em desvio de merenda”, reiterou. O petista admitiu erro da campanha ao enxergar que o embate da etapa final seria com o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB). Segundo ele, já tirou-se o risco de “volta ao passado”. “Perdeu em 2012, 2014 e está fora em 2016. O 40 (sigla) já era, levou surra três vezes seguidas. Agora nós vamos dialogar com o eleitorado, independentemente de quem votou.”
Buscando a reeleição, Grana retomou também críticas diretas a Paulinho, evitando, porém, citá-lo nominalmente. “Meu projeto não é individual, que uma hora está aqui e outra ali. Sempre defendi um lado”. Ele mostrou sua carteira de trabalho, frisando ser o símbolo da vida. “A minha (carteira) está registrada desde 1980”, disse.
Paulinho, por sua vez, promoveu ontem encontro com candidatos e aliados do arco no escritório político. O tucano fará plenária hoje no Ocara Clube para tratar da tática da segunda fase do pleito. “Nós estamos agradecendo nosso pessoal e abrindo diálogo com outros partidos.”
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