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Vice pretende continuar no anonimato
Flávia Braz
Do Diário do Grande ABC
23/07/2007 | 07:08
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Quarenta e cinco dias. Este foi o período em que Walter Figueira Júnior (PTB) ocupou o cargo de prefeito interino de São Caetano durante os últimos dois anos. Vice de José Auricchio Júnior (PTB), Figueira foi secretário de Esportes e Turismo durante duas gestões de Luiz Olinto Tortorello – que morreu em 2004 – e titular da Educação em 2005, primeiro ano da atual administração.

Aos 60 anos, ele garante não ter pretensão de subir mais um degrau na política. Avesso a aparições públicas, afirma que entre ele e o prefeito os acordos não se restringem ao papel, mas ainda são feitos no “fio do bigode”.

Segundo o vice, Auricchio não costuma deixar diretrizes antes de sair em férias. “Fundamentamos bem a lealdade, a perspectiva de trabalho, o perfil de cada um. Isso foi acertado em janeiro de 2005 e até agora selado. Entre mim e o prefeito existe o fio do bigode, então estamos cumprindo isso”, conta. “Não há necessidade de deixar recadinhos e nem recomendação porque, como dizem os jogadores de futebol, estamos aqui para somar”, acrescenta.

Embora admita ser avesso a conversas de bastidores e ao que ele chama de “política partidária”, Figueira se considera bastante ligado às movimentações políticas na cidade. “Partidariamente, eu era um novato. Fui um dos últimos diretores do Tortorello a me filiar a um partido. Mas como professor faço política desde o primeiro dia de aula.”

Diferentemente do que ocorreu com Silvio Torres, vice na última gestão de Tortorello, Walter Figueira não se deparou com nenhum grande problema pela frente nas vezes em que substituiu o prefeito no Paço. “Ele (Torres) costumava assumir em janeiro, no verão, bem na época dos temporais. Já o atual prefeito sempre tira seu período de descanso em julho. Então, ele facilita para mim”, diz.

SEM HOLOFOTES

O vice de São Caetano atribui o seu temperamento ao fato de não ter o costume de aparecer ou se pronunciar publicamente. “Não é questão de ser demagogo ou humilde demais. Até porque, se tiver de brigar por alguém em benefício da cidade eu o farei.”

Nem o fato de o cargo dele estar sendo disputado a peso de ouro entre integrantes do grupo o preocupa.

“A disputa é inerente ao ser humano. Se a pessoa pretende ser prefeito, terá de brigar com o Auricchio. Caso queira ser vereador, terá de brigar com a turma da Câmara, e assim por diante”, conclui.



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