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Dirigir sob neblina exige atenção
Alexandre Calisto
Especial para o Diário
25/05/2011 | 07:00
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Dirigir com neblina requer atenção redobrada do condutor. Na estrada os desafios são muitos, mas a prevenção começa antes mesmo de sair de casa com cuidados simples, desde conferir as luzes e o estado dos pneus até a limpeza do para-brisa, além da disposição física do condutor.

De acordo com o oftalmologista Toufic Sleiman, integrante da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o motorista perde até 30% de sua visibilidade em caso de neblina. "A capacidade de enxergar diminui, por isso temos uma noção falsa de distância. O campo visual é reduzido", diz o médico.

Não é só a disposição física do condutor que deve ser levada em conta. Existem outros cuidados antes de sair de casa. Segundo Roberto Manzini, diretor do Centro de Pilotagem Roberto Manzini, a revisão geral do veículo é indispensável. "A manutenção preventiva e a consulta sobre a condição climática são essenciais", afirma.

Na prática, alguns motoristas cometem erros, como utilizar o pisca-alerta em movimento ou até mesmo usar o farol alto. Ainda segundo Manzini, ao trafegar por via sob neblina, o motorista deve manter velocidade constante, sem ultrapassagens, e jamais parar na pista.

O especialista ressalta que nunca se deve usar o farol alto, pois a luz refletirá noscristais de água que formam a neblina e provocará ofuscamento. Nesse caso é recomendável o uso do farol de neblina. Caso não tenha, deve-se usar o farol baixo.

Alguns veículos já saem de fábrica com os faróis instalados, mas em outros casos o dono do automóvel tem de procurar lojas especializadas para instalar o equipamento.

Segundo Lázaro Moraes, gerente de desenvolvimento da Nino Faróis, empresa fabricante de produtos para iluminação automotiva, os motoristas devem ficar atentos para que os faróis sejam colocados adequadamente, afinal a posição é essencial na hora de utilizar a iluminação. "É comum que a instalação seja feita diretamente da bateria. À noite, o condutor liga o farol de neblina e não aciona a lanterna. Isso não é permitido por lei, inclusive pode gerar multa". De acordo com a resolução 227 do Contran o funcionamento do farol auxiliar deve ser independente e não deve estar ligado ao farol alto ou baixo. A norma também prevê o posicionamento exato do farol.

Para Carlos Takata, diretor de desenvolvimento da Valeo, empresa fabricante de componentes automotivo, é importante o direcionamento correto das luzes. "Se eu iluminar a neblina, eu crio uma parede de luz, rapidamente crio um clarão e ofusco minha visão", explica.

De acordo com Manzini, o motorista deve ser prudente. "É recomendável baixar a velocidade, se guiar pela sinalização e seguir com calma ou, se necessário, até mesmo estacionar em local seguro, fora do acostamento," disse.




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