Este acordo assinala uma etapa suplementar na distensão ocorrida há duas semanas entre Pyongyang e Seul, e seus aliados americanos e japoneses.
O acordo foi obtido entre militares do Comando das Nações Unidas (UNC), dirigido pelos americanos e encarregado de supervisionar os acontecimentos, depois da trégua vigente desde de o final da guerra da Coréia, em 1953, e norte-coreanos, na cidade fronteiriça de Panmunjom.
"Os representantes do UNC e da Coréia do Norte discutiram inúmeras medidas preventivas que compreendem novos procedimentos em termos de comunicação e também encontros regulares programados para evitar novos males-entendindos", indicou um comunicado da ONU.
"Os detalhes destas medidas serão debatidos em futuras reuniões", acrescentou.
O encontro de duas horas entre o general norte-norcoreano Ri Chan Bok e o general americano James Soligan teve como finalidade acalmar as tensões ocasionadas pelo incidente naval de 29 de junho, no Mar Amarelo.
Disparos entre barcos de ambos países deixaram quatro mortos e um desaparecido da marinha da Coréia do Sul. Do lado norte-coreanos, foram 13 mortos e 17 feridos.
"Estas discussões provam um avanço obtido pelo diálogo", declarou o general Soligan ao finalizar a reunião, que classificou como cheia de "um espírito de colaboração e de uma vontade comum para reduzir as tensões".
Em relação à fronteira norte no Mar Amarelo, onde ocorreram os incidentes de 29 de junho, Pyongyang pediu que "a linha ilegal, marcada unilateralmente pelos Estados Unidos" depois da guerra de 1950/1953, seja redefinida.
O UNC, por seu lado, protestou contra o incidente naval, classificado como provocação e violação do armistício, segundo um conjunto de jornalistas presentes.
Por outro lado, um sinal de boa vontade por parte de Pyongyang é que aceita participar dos Jogos Asiáticos, a competição mais importante do continente, organizada nesta oportunidade pela Coréia do Sul.
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