Na Fazenda Santa Ana, localizada no município de Cumaru do Norte, no sul do Pará, uma força-tarefa da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, realizada há um ano, encontrou trabalhadores em regime de trabalho forçado.
A suspeita foi confirmada pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho, que dão conta da existência de 103 pessoas trabalhando em regime de escravidão. A coordenadora do grupo, Valderez Rodrigues, disse que conta com gravações de vídeo e fotografias mostrando a situação.
Após quase 20 horas preso no 24° Batalhão da Polícia Militar de Marabá, Augusto Farias retornou para Maceió, junto com a irmã Eleuza Farias. Ele admitiu a existêcia de trabalho escravo em sua propriedade, mas afirmou: "não sou o pioneiro (...) Esta prática já tem mais de 30 anos no sul do Pará".
Agora, a propriedade pode tomar dois rumos: a desapropriação para reforma agrária, ou para o pagamento de indenização por danos morais coletivo avaliada em R$ 477 mi.
Sudam - Uma outra ação da Justiça pede a devolução de R$ 853 mil recebidos da Sudam pela empresa Santa Ana Agropecuária Ltda, entre 1991 e 1997. Esse valor corresponde a metade dos recurso de R$ 1,6 milhão previsto pela Sudam para o projeto agropecuário de Augusto Farias.
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