"A Assembléia Nacional decidiu designar à presidência o vice-presidente Diosdado Cabello, e por conta disso apresento ao povo da Venezeula minha renúncia ao cargo de presidente transitório", anunciou Carmona à emissora de rádio RCR.
Assim que renunciou, Carmona, todos os membros de seu gabinete ministerial e os chefes do estado-maior das forças-armadas ligados ao presidente provisório demissionário foram detidos.
No tempo em que ficou no poder, pouco mais de 24 horas, Carmona destitui e restitui o Congresso Nacional, claramente perdido em meio aos partidários e aos opositores de Hugo Chávez.
Durante este sábado, houve muita pressão popular para que Chávez fosse libertado. Militares fiéis ao presidente destituído tomaram o palácio presidencial e obrigaram Carmona a fugir para o Forte Tiuna, a maior base militar do país.
Após a renúncia de Carmona, militares que apóiam Hugo Chávez exigiram a sua libertação imediata. Eles querem que ele volte a assumir suas funções, ainda que seja para apresentar a sua renúncia e convocar novas eleições. Uma delegação deve viajar à ilha de Orchila, a nordeste do país, onde Chávez estaria detido. Sua chegada ao palácio presidencial é esperada para a manhã de domingo.
Milhares de pessoas, simpatizantes de Hugo Chávez, tomaram as ruas de Caracas logo após a renúncia de Carmona. Analistas internacionais temem que a tensa situação da Venezuela se transforme numa guerra civil, já que a população está dividida entre a massa operária que apóia o presidente destituído e a elite que armou o golpe de estado.
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