O Tribunal de Justiça do Pará julga na segunda-feira pedido de habeas corpus
em favor de Rayfran das Neves Sales, acusado de participar do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang.
De acordo com a Justiça do Pará, no recurso, Rayfran, que em 2005 foi condenado a 27 anos pela morte de Stang, pede a liberdade provisória enquanto aguarda a realização de novo júri popular, ainda sem data marcada para ocorrer.
Rayfran e Clodoaldo Batista, condenado a 17 anos de prisão, são acusados de serem os assassinos da missionária. Outro acusado de envolvimento no caso, Amair Feijoli da Cunha, foi condenado a 18 anos de prisão sob a acusação de intermediação do crime.
Os fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, e Regivaldo Pereira Galvão, acusados de serem os mandantes do crime, ainda não foram julgados.
Dorothy Stang, norte-americana naturalizada brasileira, foi assassinada por pistoleiros com seis tiros à queima-roupa no dia 12 de fevereiro de 2005 em Anapu, no Pará. Ela trabalhava havia mais de 30 anos em pequenas comunidades pelo direito a terra e pela exploração sustentável da Amazônia.