Segundo familiares e professores da instituição, o aluno (não localizado pela reportagem) teria colocado as chaves entre os dedos e dado um soco na cabeça do professor. Uma das chaves ficou cravada em sua testa. Durante duas semanas, Carneiro foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital e fez diversos exames, que detectaram um coágulo no cérebro.
A família acusa a direção da escola de ter amenizado o problema desde o primeiro dia. Segundo professores da escola, o agressor – provavelmente menor de idade – não compareceu mais às aulas desde o ocorrido.
A família não registrou boletim de ocorrência em São Bernardo após a agressão. Segundo familiares, o professor não queria prejudicar o garoto. No entanto, um BO foi feito no 36ºDP de São Paulo no domingo seguinte à agressão, quando Carneiro foi internado após sentir muitas dores de cabeça.
“Meu marido era um homem muito bom e não queria estender mais a confusão. No entanto, quando ele já estava internado, um médico disse que não era possível ter sido um acidente e nos orientou a registrar a ocorrência”, disse a viúva do professor, Ana Carneiro.
A liberação do corpo foi feita domingo à noite. A causa da morte, porém, ainda não foi diagnosticada. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital dos Servidores, o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo fez a autópsia e, junto ao prontuário médico de Carneiro, deverá emitir um laudo em um prazo de até dois meses sobre a causa da morte.
Velório – Dezenas de familiares, amigos, professores e alunos estiveram no velório do professor de História e Geografia, na manhã de ontem. Por volta das 15h, seu corpo foi levado para o aeroporto de Cumbica, em São Paulo, com destino à Boa Viagem, no Ceará. “O enterro no Ceará foi pedido da mãe dele, que vive lá”, disse seu sobrinho Cláudio Cavalcanti Carneiro.
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