Automóveis Titulo
Harley-Davidson assume operações no Brasil
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
16/02/2011 | 07:24
Compartilhar notícia




Desde 1999, a Harley-Davidson está presente no Brasil. No entanto, ao longo destes 12 anos, a marca norte-americana de motocicletas jamais assumiu oficialmente as operações, relegando a representantes a função de vender suas desejadas magrelas. Agora, após longos três anos de negociações e batalhas judiciais com o Grupo Izzo, antigo representante, a Harley retoma o direito de comandar os negócios no País.

Com apenas dois pontos de vendas - São Paulo e Belo Horizonte -, o objetivo é apagar a imagem ruim que ficou junto aos clientes fiéis das míticas motos com relação ao serviço de pós-vendas, muito criticado. "Inicialmente, não queremos aumentar as vendas, mas investir no atendimento técnico e fidelizar os compradores da marca", disse Longino Morawski, diretor-superintendente comercial da Harley-Davidson no País.

A sede será em um prédio exclusivo na Avenida Morumbi, Zona Sul da Capital, e será inaugurada em março. No local, além do centro administrativo da montadora, estarão presentes outros pontos de desenvolvimento, como centro de treinamento para técnicos e vendedores com capacidade de atender 300 pessoas por mês.

A Harley também terá novo centro de distribuição de peças localizado no Rodoanel. "O prazo para entrega de equipamentos em São Paulo cairá de 15 para apenas um dia, enquanto para o resto do território será de três dias, em média", revelou Morawski.

Até o fim do ano, a Harley-Davidson espera estar operando com dez concessionárias em todo o País - pelo menos quatro em São Paulo. "Estamos em processo de escolha dos grupos empresariais que nos representarão", explicou o executivo.

Para abastecer o mercado, a marca irá ampliar sua linha de montagem em Manaus (AM), onde as motocicletas são produzidas em sistema CKD - apenas montagem das peças vindas, em sua maioria, dos Estados Unidos.

"Temos capacidade para produzir cerca de 20 mil motos por ano", afirmou Celso Ganeko, diretor industrial da Harley no Brasil. "Trabalhamos em turno único em 2008 e fabricamos mais de 6.300 motos. Existe a possibilidade de operarmos em três turnos, dependendo, claro, da demanda", completou. Atualmente, a fábrica em Manaus funciona com aproximadamente 100 pessoas, mas já chegou a ter 140.

Sem grandes ambições comerciais, a marca pretende vender por volta de 4.000 magrelas - número muito próximo das vendas registradas no ano passado. Ao todo serão oferecidos 13 modelos, com destaque para a Fat Boy, considerada pela Harley sua best-seller.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;