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GCM de S.Caetano participa de reconstituição da morte de jovem
Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/09/2016 | 07:00
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 A Polícia Civil realizou na madrugada de ontem a reconstituição da morte do estudante Julio César Alves Espinoza, 24 anos, ocorrida no fim de junho, durante perseguição que, além de PMs (Policiais Militares), também teve a participação de GCMs (Guardas-Civis Municipais) de São Caetano.

O carro do universitário foi atingido por pelo menos 16 tiros e a versão dada pelos agentes, na época do fato, apontou que as duas equipes só revidaram após disparos feitos por Espinoza, que havia fugido depois de desobedecer ordem de parada na Avenida Presidente Wilson, na Zona Leste da Capital. Baleado na cabeça, ele chegou a ser levado ao Hospital Estadual da Vila Alpina, em estado grave, mas não resistiu.

Várias vias na região da Avenida do Estado, na divisa com São Caetano, foram interditadas para a reconstituição, já que a perseguição ocorreu pela Avenida Guido Aliberti e Avenida dos Estados, terminando na Rua Guamiranga, na Vila Independência, Zona Leste de São Paulo, quando o estudante bateu o carro em um muro.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) e a Corregedoria da Polícia Militar continuam investigando o caso e mais informações não podem ser passadas “para não atrapalhar os trabalhos policiais.”

Em junho, a Corregedoria da GCM de São Caetano instaurou procedimento administrativo interno para apurar a conduta dos agentes. De acordo com a Prefeitura, o processo ainda está em andamento, aguardando a conclusão das investigações conduzidas pela Polícia Civil. Ainda segundo a administração municipal, os guarda envolvidos na ação seguem afastados preventivamente das ruas, prestando serviços administrativos.

No dia do ocorrido, Espinoza voltava para casa depois de trabalhar em um bufê na Avenida Goiás, em São Caetano, segundo relato de seu pai. Ele cursava Tecnologia Logística na Uninove da Vila Prudente, na Capital. A Polícia Civil informou que o rapaz não tinha antecedentes criminais.

No depoimento à polícia, o pai disse que o filho já havia fugido da PM em outra ocasião para não ter o carro apreendido devido a problemas de licenciamento, já que o veículo era utilizado por toda a família.  




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