Candidato pelo PSDB à Prefeitura de Santo André, o ex-vereador frisa proposta para atrair investidores, prometendo reduzir tributos municipais
Candidato pelo PSDB à Prefeitura de Santo André, o ex-vereador Paulinho Serra prometeu implantar projeto de Poupatempo do Empreendedor, tendo como foco facilitar a abertura de empresas e aumentar a arrecadação da cidade. Em sabatina ontem na sede do Diário, o postulante garantiu criar o equipamento, que serviria para agilizar serviços aos investidores e oferecer redução de impostos municipais como contrapartida à geração de emprego. “Em 30 dias qualquer investidor que for gerar emprego vai obter estímulo tributário, fazer com que seja acolhido. Gerou emprego, paga menos imposto.”
Paulinho falou que a proposta é “plano ousado” para retomar a atividade industrial e de tecnologia, no qual a cidade perdeu nos últimos 20 anos. Ele citou também destravar o programa do polo tecnológico, já credenciado junto ao governo de São Paulo, mas que não teve avanço por falta de aportes. Segundo o tucano, há necessidade de tirar o equipamento do papel, desde 2010 engatinhando, promovendo parceria com a UFABC (Universidade Federal do ABC). “Vai participar ativamente. Hoje ela é desprezada pelas administrações”, disse. “Santo André tem boa logística e 5 milhões de metros quadrados disponíveis para atrair indústrias”, emendou.
Questionado em relação à constante falta de água na cidade, o ex-parlamentar sustentou que não fugirá da responsabilidade de resolver esse impasse, incluindo débito milionário do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) com a Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo). “No primeiro dia do governo criaremos comissão mista, com técnicos do Semasa e Sabesp para equalizar dívida e operação. A autarquia era órgão de referência. Foi desmontado nos últimos anos, alvo de processo triste de venda de licença ambiental. O ex-prefeito (Aidan Ravin, PSB) até hoje responde isso como réu. Houve desmonte”, alegou, criticando o rival.
Ex-secretário de Obras, Paulinho afirmou que criará a Secretaria do Meio Ambiente, na qual vai inserir o Semasa no escopo, e retirar as ações judiciais da Sabesp é o primeiro passo do possível acordo. Para o tucano, dá para solucionar imbróglio sem entregar a autarquia para o governo paulista. “Modelo de autarquia pode ser mantido, desde que equalizado esse problema com a Sabesp. O que não dá é o cidadão pagar a conta e não ter água”, discorreu, completando que pode até admitir o passivo desde que comprovado os valores por meio de auditoria “bem demonstrada”. “A batalha judicial não ajuda em nada o munícipe.”
O tucano frisou que o modelo de gestão atual necessita ser alterado. Justificou que a fórmula de máquina pública inchada utilizada pelo PT, do prefeito Carlos Grana, e por Aidan inviabilizou, por exemplo, a construção da segunda alça do Viaduto Antônio Adib Chammas, no Centro. “Custa 15 milhões (a obra). Esse complemento dá para fazer com recursos próprios. Cidade empobreceu, mas arrecada R$ 1,5 bilhão. Temos que fazer administração enxuta. (Essa situação) É materialização de gestão equivocada.”
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.