Nacional Titulo
Empresário investigado por ter R$ 4,5 mi em esmeraldas
04/06/2003 | 23:48
Compartilhar notícia


A PF (Polícia Federal) e o Ministério Público (estadual e federal) estão investigando a posse de US$ 4,5 milhões em esmeraldas pelo empresário Baltazar José de Souza – tradicional proprietário de empresas de ônibus na capital e na região do Grande ABC. Policiais, promotores e procuradores querem saber se as esmeraldas são verdadeiras. E se forem, de onde vem tanto dinheiro?

A suspeita sobre as esmeraldas de Baltazar surgiram em inquéritos de sonegação fiscal instaurados contra ele na Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários da PF, em 1998. As investigações chegaram a dois certificados de custódia da Multicred Corretora de Valores e Câmbio S.A, com sede em Brasília.

Um deles afirma que Baltazar depositou R$ 6,6 milhões em esmeraldas, resgatáveis em 18 de setembro de 2006. O segundo refere-se a outros R$ 5,2 milhões em pedras, resgatáveis em 2 de setembro de 2006. Os certificados são de setembro de 2001 e afirmam que o montante final equivalia, naquela data, a US$ 4.528.427,50.

A suspeita da PF é que as pedras são falsas – e o que é pior – estariam sendo oferecidas pelas empresas de Baltazar para pagamentos de dívidas trabalhistas e em execuções fiscais da Receita Federal, da Fazenda Nacional e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O presidente da Multicred, José de Ribamar Oliveira Costa, disse à reportagem que apenas um dos certificados possui validade – o de R$ 5,2 milhões.

Promotores de Santo André, que investigam esquema de corrupção na cidade, haviam recebido documentos da PF e repassaram o caso aos promotores da Cidadania de São Paulo Sérgio Turra Sobrane e Silvio Antônio Marques.

A reportagem deixou recados no escritório de Baltazar, mas ele não ligou de volta. O advogado dele, Antônio Russo, foi procurado por dois dias para falar sobre o caso, mas também não atendeu as ligações.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;