A suspeita sobre as esmeraldas de Baltazar surgiram em inquéritos de sonegação fiscal instaurados contra ele na Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários da PF, em 1998. As investigações chegaram a dois certificados de custódia da Multicred Corretora de Valores e Câmbio S.A, com sede em Brasília.
Um deles afirma que Baltazar depositou R$ 6,6 milhões em esmeraldas, resgatáveis em 18 de setembro de 2006. O segundo refere-se a outros R$ 5,2 milhões em pedras, resgatáveis em 2 de setembro de 2006. Os certificados são de setembro de 2001 e afirmam que o montante final equivalia, naquela data, a US$ 4.528.427,50.
A suspeita da PF é que as pedras são falsas – e o que é pior – estariam sendo oferecidas pelas empresas de Baltazar para pagamentos de dívidas trabalhistas e em execuções fiscais da Receita Federal, da Fazenda Nacional e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O presidente da Multicred, José de Ribamar Oliveira Costa, disse à reportagem que apenas um dos certificados possui validade – o de R$ 5,2 milhões.
Promotores de Santo André, que investigam esquema de corrupção na cidade, haviam recebido documentos da PF e repassaram o caso aos promotores da Cidadania de São Paulo Sérgio Turra Sobrane e Silvio Antônio Marques.
A reportagem deixou recados no escritório de Baltazar, mas ele não ligou de volta. O advogado dele, Antônio Russo, foi procurado por dois dias para falar sobre o caso, mas também não atendeu as ligações.
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