"Somos a favor do processo de transiçao e essa é a posiçao de grande parte do partido. Se fizermos uma reuniao podemos determinar que Gilson receba os técnicos para o processo de transiçao", disse Matubara. O presidente disse que, se a executiva definir pela transiçao e o prefeito nao aceitar, Gilson pode ser novamente indicado à Comissao de Ética, como aconteceu quando ele exonerou socialistas que decidiram apoiar outros candidatos no segundo turno.
"Nao faz sentido proibir o processo de transiçao já que o PSB sempre defendeu que nossa administraçao é democrática e transparente. Nao tem motivo para nao receber a equipe. Nao vai haver qualquer prejuízo no caso de a Justiça Eleitoral anular a eleiçao, como o prefeito está requerendo", disse Matubara.
Gilson disse que é o prefeito de Diadema até 31 de dezembro e que nao pode ser obrigado a receber a equipe de transiçao. Para o prefeito, se o PT quiser informaçoes sobre a situaçao administrativa e financeira da Prefeitura, terá de recorrer aos balancetes encaminhados à Câmara mensalmente.
O prefeito eleito também pretende levantar os contratos que se encerram em dezembro, os compromissos da Prefeitura com a prestaçao de serviços e eventuais dificuldades financeiras que podem se tornar prioridade nos primeiros meses.
O PT chegou a solicitar a abertura dos documentos por ofício. Mas Gilson, também em ofício, respondeu que nao vai haver transiçao já que ele está questionando na Justiça o processo eleitoral. Gilson acredita que houve fraude nas urnas eletrônicas no primeiro turno, em que ele terminou em terceiro lugar com 24,40% dos votos.
Diante da negativa, o PT estuda a possibilidade de entrar com uma açao na Justiça para garantir a transiçao. Os petistas pretendem ainda anular na Justiça concursos que a Prefeitura e a ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) realizam para a contrataçao de 438 funcionários.
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