A Agrishow termina neste sábado com um total de negócios previsto de R$ 760 milhões. A queda no volume negociado, de 40% em relação a 2004 (R$ 1,288 bilhão), já era esperada pelos organizadores. O balanço prévio foi apresentado pelo presidente da feira, Sérgio Magalhães, e leva em conta o volume de financiamento dos bancos (R$ 650 milhões até a tarde) e os recursos financiados pelos fabricantes por meio de instituições próprias, que somaram R$ 110 milhões.

Magalhães ressaltou que neste total não estão incluídos os negócios realizados com recursos próprios dos produtores, que não são contabilizados, mas não podem ser desprezados. Ele lembrou que, na Agrishow de Rio Verde (GO) e de Rondonópolis (MT), cerca de 50% dos negócios foram feitos com recursos próprios dos compradores.

O público visitante da Agrishow 2005 também deve ter sido menor. “Se a visitação, hoje, for igual à do sábado de 2004, devemos fechar com um público de 138 mil visitantes, uma queda de 7%”. Segundo ele, um dos fatores que pesaram para a diminuição do número de visitantes foi a não coincidência da feira com o feriado de 1º de maio, como ocorreu no ano passado.

Apesar da queda de público e do volume de negócios, Magalhães disse que os resultados devem ser festejados, se for considerado o atual momento da agricultura. “O setor de máquinas de grande porte vendeu um terço do que vendeu em 2004, mas outros setores se disseram bastante satisfeitos.”

Segundo o presidente da câmara setorial de máquinas agrícolas e diretor-comercial da Marchesan, Francisco Maturro, “quem tinha equipamentos para a cultura do café vendeu o dobro de 2004 e está saindo da feira dando risada”.

Magalhães destacou os resultados obtidos na rodada de negócios com países visitantes – entre eles Estados Unidos, Guatemala e Paquistão –, que somaram R$ 3,5 milhões, ante R$ 2,5 milhões no ano passado. Ele ressaltou ainda o aumento da presença dos pequenos agricultores na feira, “de 17 mil em 2004 para 25 mil neste ano”.