Uma das soluções encontradas pelo autor foi mudar o perfil de Juca Tigre. De vilão cômico virou um conquistador romântico. Críticas sobre sua atuação não o aborrecem. "Crítica, para mim, não tem a menor importância. Aliás, já escreveram coisas bem piores a meu respeito. A imprensa já me matou! 'Morreu nessa madrugada o ator Miguel Falabella'. O que pode haver pior do que a morte? Honestamente, não tenho esse tipo de melindre".
Não por acaso, a audiência só ultrapassou 30 pontos quando Juca Tigre reassumiu a paixão por Antônia, personagem de Vera Fischer. O romance, com mais beijo na boca e tudo, foi uma das reivindicações do grupo de discussão promovido pela Globo. "Acho compreensível, mas questionável. Você não pode deixar o destino da ficção com meia dúzia de donas de casa. Tenho todo o carinho por elas, afinal, são minhas espectadoras no teatro. Mas, em TV, não há autonomia de criação. Ninguém está aqui para fazer arte, mas para vender óleo e sabão em pó", diz.
Falabella lembra que o papel não fora escrito para ele e sim para Fábio Jr. e que aceitou o convite porque partiu do diretor Roberto Talma, o responsável por sua estréia na TV em Sol de Verão, de Manoel Carlos. "A TV foi fundamental na minha carreira dando uma visibilidade impressionante quando comecei. Faço coisas de que gosto muito na TV. Mesmo porque, se não sinto prazer, não consigo fazer nada". Em 20 anos de TV, Falabella cita a novela Mico Preto como uma de suas favoritas. "Foi um dos maiores fracassos da Globo, mas com a qual eu mais me diverti. Acabou minha carreira? De jeito nenhum...", afirma.
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