O presidente George W. Bush pediu nesta terça-feira aos parlamentares que tenham a "coragem" de aprovar o polêmico projeto de reforma das leis de imigração, resultado de um compromisso entre senadores democratas e republicanos.
"É o momento para uma reforma migratória que seja ampla", afirmou o chefe de estado em pronunciamento realizado em Glynco (Geórgia, sudeste) no qual voltou a defender o projeto de lei que prevê a regularização de cerca de 12 milhões de imigrantes ilegais que residem nos Estados Unidos e reforçar o controle da fronteira com o México.
"É hora de os membros de ambos os partidos se levantarem, demonstrando coragem, assumindo sua liderança e fazendo o melhor para os Estados Unidos", acrescentou, ao defender mais uma vez um projeto que recebeu críticas até de seu próprio Partido Republicano e da oposição democrata que controla o Congresso.
Em um centro de formação de policiais e guardas, o presidente atacou os adversários do projeto: "Se alguém quer matar a lei, não fazer o melhor para os Estados Unidos, pode tomar um de seus pequenos aspectos e assustar as pessoas", explicou, aproveitando o discurso para enumerar os aspectos positivos do projeto de reforma.
O presidente, acompanhado pelo secretário de Comércio, Carlos Gutiérrez, e o senador da Flórida, Mel Martínez, reafirmou que a lei reforçaria o controle da fronteira e criaria um sistema de contratos temporários para os futuros imigrantes que venham a executar tarefas que os americanos não querem.
"Temporário significa temporário", garantiu, descartando que os futuros beneficiados pelo sistema possam permanecer no país após cumprir três períodos separados de dois anos de trabalho.
O Senado iniciou na semana passada o debate sobre o projeto de lei e deve retomar as discussões na próxima segunda-feira, após o recesso desta semana do Memorial Day, comemorado na segunda-feira nos Estados Unidos.
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