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Queda do dólar aquece mercado
Michele Loureiro
Especial para o Diário
27/05/2007 | 07:12
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Com a atual desvalorização do dólar, o turismo é um dos setores da economia que mais cresce no País. Somente este ano, a previsão do Ministério do Turismo é de que sejam gerados cerca de 294 mil empregos diretos.

Para suprir a demanda crescente de pessoas que decidem aproveitar a boa fase para viajar, as agências de viagem e hotéis, são os setores que mais buscam novos empregados. Para aproveitar a chance de se colocar no mercado de trabalho, muitas pessoas estão se especializando no ramo, e até mesmo a procura por cursos superiores relacionados ao setor tem aumentado. “Estava em dúvida entre psicologia e hotelaria, mas me decidi pela segunda opção porque acho que o mercado de trabalho me apresentará mais, e melhores, oportunidades nesse ramo”, diz a estudante Ana Lúcia Freitas, 18.

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, destaca que esse setor em crescimento descompassado dos demais é uma boa oportunidade para os jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho. “Mas para isso a qualificação é um instrumento, de longo prazo, indispensável para o crescimento do setor e do País”, comenta a ministra.

Uma das maiores operadoras da América Latina, a CVC, anunciou uma meta arrojada para este ano: embarcar 1,7 milhão de passageiros, contra 1,5 milhão em 2006. Segundo Valter Patriani, presidente da CVC, os destinos internacionais respondem atualmente por 20% das vendas de pacotes da operadora. “Nosso objetivo é que a área internacional corresponda a 30% de nossas vendas até o final do ano”, diz Patriani.

Para alcançar este feito, a CVC conta com a ajuda da moeda americana em baixa, que acaba estimulando os consumidores.

Mas o mercado nacional também é influenciado pelas verdinhas. A gasolina utilizada nos aviões é comprada em dólares, e com a queda da moeda, o combustível também sofre redução de preço. A estimativa é que as passagens para destinos nacionais fiquem até 20% mais baratas. Conseqüentemente o número de viajantes deve aumentar.

Com a demanda maior, as companhias aéreas, agências de viagens, hotéis e restaurantes precisam se preparar para atender um número maior de clientes. Algumas empresas já estão abrindo processos de treinamento e seleção para contratar pessoal especializado para o atendimento.

Lilian Fagundes, 24, já está preparando as malas para se mudar para o Rio de Janeiro, onde irá trabalhar em um hotel durante os Jogos Pan-Americanos, que começam em 13 de julho. “A gente não percebe de como somos movidos pela moeda estrangeira, mas é interessante pensar que uma queda pode trazer tantas oportunidades”, comenta. (supervisão de Guilherme Yoshida)



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