Após o rompimento da parceria com a Construtora São José, a Squarestone Brasil, que está construindo o Golden Square, em São Bernardo, refez os cálculos do empreendimento, que agora é orçado em R$ 280 milhões, valor 14% mais alto que os R$ 240 milhões iniciais. A revisão de alguns pontos do projeto também postergará a inauguração de setembro para novembro de 2012.

Quando inaugurado, o sexto centro de compras do Grande ABC será responsável pela geração de 1.800 postos de trabalho diretos. De acordo com o diretor executivo da gestora britânica de investimentos imobiliários, James Morse, 40% da obra foi concluída e o cronograma segue conforme o planejado pela companhia anglo-brasileira.

As obras do empreendimento foram retomadas em abril, após 15 meses de paralisação. A Squarestone também ganhou fôlego ao se associar com o BTG Pactual e o fundo norte-americano Walton Street Capital, que investiram R$ 192 milhões no shopping center.

"O destaque do Golden Square será a área gourmet, que terá oito restaurantes renomados e conhecidos pelos moradores de São Paulo. Nosso objetivo será transformar a Avenida Kennedy no ponto turístico de São Bernardo, que é uma das cidades mais importantes da região", afirma Morse.

Para o executivo, o principal diferencial do complexo será sua arquitetura, bem diferente dos demais que estão em operação na região metropolitana de São Paulo e as cinco marcas europeias inéditas de moda, mantidas em segredo por Morse. Ele, aliás, não se preocupa com a concorrência. Admira, por exemplo, o projeto que a carioca Multiplan desenvolveu em São Caetano, com o ParkShopping, "mas o shopping com estilo europeu será o diferencial do Golden".

Foi justamente a discórdia em relação ao projeto que culminou na saída da Construtora São José. A empresa detinha fatia de 50% do negócio. Além do centro de compras de São Bernardo, a Squarestone é dona do Shopping Bonsucesso, em Guarulhos. A empresa tem cinco projetos em andamento, sendo dois no Estado de São Paulo, dois no Nordeste e outro no Rio Grande do Sul. Ao contrário do Golden Square, que é voltado para classes A e B, esses focarão as classes B e C.

ESTRUTURA - As 270 operações do complexo estarão distribuídas entre oito âncoras, 12 megastores (megalojas), 250 lojas satélites e seis salas de cinema da rede Cinemark. Sobre a comercialização da Área Bruta Locável, Morse afirma que 70% foram vendidos. A obra do Golden é conduzida desde abril pela paulista Construtora Guarany.