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‘Via Crucis’ é encenada em parque de S.Caetano
Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
22/04/2001 | 17:02
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A história de Jesus Cristo vista através das lentes do Movimento Cultural, Teatral e de Artes (MCTA), de São Caetano. Pelo terceiro ano o MCTA, que completa 25 anos em junho, mostra Via Crucis – A Verdadeira Paixão do Povo. A montagem tem 80 minutos de duração.

Com entrada franca, as duas apresentações do espetáculo, escrito por Carlinhos Lira e Ivan Gonçalves e dirigido por Erike Busoni e Malu Saloti, estão marcadas para esta segunda e terça-feiras às 20h, no Parque Catharina D‘Agostini, em São Caetano. Em 1998 e 2000, Via Crucis foi levada ao Espaço Verde Chico Mendes.

Antes encenada durante a Semana Santa, a peça desta vez foge do calendário natural “porque São Caetano fica vazia durante o feriado”, explica Lira. A idéia é levar o espetáculo para mais pessoas, inclusive para estudantes da cidade.

A encenação neste ano ganhou outros contornos. O elenco foi reduzido de cem para 40 pessoas. Foram criados dois narradores, que têm a função de fazer a ligação entre as cenas – são 14 passagens bíblicas – e esmiuçar para os espectadores o que acontece em cena.

Além disso, o espaço cênico é bem diferente. “O palco foi abolido e as ambientações são diferenciadas. Agora Via Crucis usa todos os espaços disponíveis, quiosques, pontes e até o lago”, revela o autor. O público acompanha a movimentação dos atores pelo parque.

Ivan Gonçalves misturou na trilha sonora obras clássicas de Haendel e Wagner com o rock de Led Zeppelin, Beatles e Legião Urbana. Tons de azul e vermelho predominam na iluminação de Fernando Valini. A intenção é estabelecer contrapontos entre as cenas mais leves e as mais pesadas. “O texto é fiel à Bíblia, mas tem uma ótica moderna”, afirma Lira.

Erike Busoni interpreta Jesus e Magali Costa, Madalena. Malu Saloti e Marcelo Gomes são os narradores. Carla Borges vive Salomé, enquanto Mazilde Orlando interpreta Nossa Senhora e Marcio Borges é Pilatos. Walter Mattos dá vida a Herodes.

A fim de comemorar o 25º ano de fundação do MCTA, deve ser lançado em maio o livro O Teatro Marginal de Carlinhos Lira, que reúne quatro peças do autor. O prefácio é de Roberto Gil Moreira, diretor de Cante Para Eu Dormir e Hello, Boy!, duas das peças mais premiadas do grupo. Além de Os Meninos do Brasil, Não Haverá Amanhã e Fim de Carreira, Galiléia, o livro contém Queda Para o Alto, a adaptação que Lira fez da obra escrita por Sandra Mara Herzer.




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