Com a expectativa de movimentar R$ 50 milhões em negócios e atrair 150 mil visitantes, o Salão da Motocicleta encerra amanhã suas atividades no Parque Anhembi, em São Paulo. Nesta segunda edição, o evento conta com a participação de 300 expositores, que oferecem serviços, peças e acessórios, além da shows e exibição de motos lendárias e atuais.
"Vamos nos firmar como uma das referências em duas rodas", afirmou o empresário e ex-piloto Emerson Fittipaldi, organizador do Salão da Motocicleta em parceria com a Megacycle e a Anfamoto (Associação Nacional dos Fabicantes e Atacadistas de Motopeças). "Com o mercado brasileiro entre os maiores do mundo, queremos acompanhar a evolução desse promissor setor."
Montadoras nacionais estão representadas apenas por meio de concessionários, que expõem modelos para comercialização durante a feira. A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicleta, Ciclomotores, Motoneta, Bicicletas e Similares) não participa oficialmente do evento.
Com isso, não há grandes novidades em termos de produtos e novas tecnologias - protótipos ou lançamentos. Honda, Yamaha, Harley Davidson, entre outras tradicionais, priorizam o Salão Duas Rodas, que acontece a cada dois anos no mesmo Salão do Anhembi.
"Mesmo que as montadoras não estejam aqui oficialmente, a maioria dos produtos que elas fabricam está em exposição", disse Fittipaldi. "Mas um dia elas terão de participar, porque o Salão da Motocicleta vai se transformar num dos grandes eventos do setor - pode acreditar."
Se as grandes montadoras ainda não foram atraídas, fabricantes chineses, marcas locais e estrangeiras que ainda buscam colocação no mercado nacional aproveitam a exposição para crescer.
Uma delas a Kasinski, que aposta no scooter elétrico Prima Electra. O modelo entrará em produção no ano que vem em uma fábrica que a montadora está construindo no estado do Rio de Janeiro. Além de apresentar seus 12 modelos - motos entre 110 e 650 cilindradas - a fabricante também fez estreou a Boutique Kasinki, com roupas e acessórios para homens e mulheres.
A americana Polaris também acreditou no Salão da Motocicleta. Entre os destaques, estão os quadriciclos Outlaw 90 e Sportsman 90, além do jipinho Razor 170. A empresa é uma das maiores fabricantes de side by side, quadriciclos em forma de carros voltados para o lazer e trabalho.
A Ducati apresenta os modelos naked da família Monster, as 696, 1100 e 1100 S, assim como a Superbike 848, 1198 e 1198 S. A Multistrada 1200 também é outra novidade para o mercado brasileiro. Touring para longas distâncias, a moto também encara o tráfego no dia a dia das grandes cidades.
Além de modelos de linha, o evento expõe motos clássicas de colecionadores. Dentre as históricas, o destaque fica para duas Hondas, uma CB 750 automática, da década de 1970, e outra 350, de 1957. Também da marca japonesa está em exipição modelo de competição com quadro Nico BAkker, de motor RCB 1000 cilindradas.
Perfiladas uma a uma, também há quatro gerações da clássica Gold Wing, o modelo GT 750 da Suzuki, da década de 1970, e uma TZ350 - cinco vezes campeã no Brasil.
Chineses ganham pavilhão exclusivo
Fabricantes chineses ganharam pavilhão exclusivo no Salão da Motocicleta, no Parque Anhembi. Cerca de 50 expositores, representando montadoras, peças e acessórios, vieram do outro lado do mundo para fazer negócios no Brasil. Com cerca de 10 milhões de unidades fabricadas por ano, a China já é o maior fabricante mundial de duas rodas.
A maioria dos expositores nem material em português têm para demonstração de seus produtos. Entre elas, a Benzhou Vehicle Industry aposta na colocação de scooters no mercado brasileiro. O jovem executvio Shanzu Zen foi deslocado de Xangai para fazer aproximação com empresários brasileiros interessados na revenda do produto. "O Brasil é mercado estratégico para todo o fabricante que pensa na expansão dos seus negócios", afirmou ele.
O ex-piloto e empresário Emerson Fittipladi, organizador do evento, afirmou que o Salão da Motocicleta oferece a montadoras, importadoras, fabricantes e distribuidores, além de representantes de toda a cadeia, a oportunidade de apresentar produtos e serviços a um público especializado e formador de opinião, sempre em busca de oportunidade de negócios e conhecimento.
Entre essas novidades esta o capacete com retrovisor. Ele funciona por meio de jogo de lentes instaladas internamente, projetando visão traseira ao motociclista. A sensação é um tanto esquisita, "Pode evitar colisões e até assaltos", disse Grahaham Steele, diretor da Reevu. No Brasil, o capacete, em fibra de carbono, deve custar em média R$ 1,6 mil.
Roupas em couro, botas reforçadas, camisetas, joelheiras, pneus, lonas de freios, lubrificantes são alguns dos milhares de itens apresentados e comercializados durante o salão.
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