Esportes Titulo Handebol
Brasil perde nas quartas outra vez e encerra ciclo sem pódio

Após ótima primeira fase, time feminino de hande erra muito, é superado pela Holanda e está fora

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
17/08/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Inovafoto


O sonho virou pesadelo. E daqueles que fazem você demorar para recuperar a consciência. Pela segunda vez consecutiva, a Seleção Brasileira Feminina de Handebol foi eliminada nas quartas de final do torneio olímpico depois de liderar a fase de grupos. Se em Londres-2012 a algoz foi a Noruega, que mais tarde se tornaria campeã, desta vez o Brasil parou na surpreendente Holanda, que debuta nos Jogos e venceu com facilidade: 32 a 23.

É fácil entender a derrota para a Holanda. As brasileiras erraram em lances fundamentais, como em contra-ataques e tiros de sete metros, além de abusar de falhas de passes e da individualidade, enquanto as europeias tiveram atuação coletiva impecável e souberam aproveitar a fragilidade imposta pelo adversário para fazer gols de média e longa distâncias.

A derrota significa mais do que o desperdício de chance real de subir ao pódio. Encerra de forma melancólica o ciclo da geração que mudou o status da modalidade. Após intercâmbio de diversas jogadoras na Europa, o time deixou de ser saco de pancadas para se tornar campeão mundial em 2013. A medalha no Rio de Janeiro fecharia com chave de ouro, literalmente, o trabalho realizado.

Depois do jogo, o técnico Morten Soubak, que é dinamarquês e comandou todo o trabalho deste ciclo, garantiu que fica pelo menos mais um ano. “Já conversei com o Manoel (Luiz Oliveira, presidente da Confederação Brasileira de Handebol) e vou continuar. Ainda não sei se para o próximo ciclo todo. Falamos ano a ano. Por enquanto, até 2017”, confirmou o treinador, que viu como justa a vitória holandesa. “Estamos insatisfeitos e tristes. A Holanda foi um time melhor”, lamentou. 

Masculino tenta a sorte contra a França

Quis o destino que a Seleção Brasileira Masculina de Handebol tivesse pela frente nas quartas de final da Olimpíada, hoje, às 10h, justamente o rival mais temido: a França, atual campeã olímpica e mundial. O cruzamento foi definido por conta das posições das seleções na primeira fase. Os brasileiros terminaram em terceiro do Grupo A e os frances, em segundo no B.
 

 A missão poderia ser encarada como impossível anos atrás, mas o Brasil tem mostrado no Rio de Janeiro que almeja lugar entre os grandes da modalidade também no masculino. A equipe derrotou na primeira fase a poderosa Alemanha, atual líder do ranking mundial, e passou para o mata-mata pela primeira vez na história. Assim, o que acontecer a partir de agora é lucro para os brasileiros. 


 “A França é um time muito bom. Os jogadores são fortes e eles fazem jogo bastante duro. Mas acredito que se vencemos a Alemanha também podemos jogar bem contra a França”, destacou o técnico espanhol Jordi Ribera, que comanda a Seleção e elogiou a campanha até agora. “A participação do Brasil nas quartas de final é histórica. Fizemos grande jogo contra a Polônia, entramos muito bem diante da Eslovênia e fizemos partida excepcional frente à Alemanha. Depois enfrentamos o Egito, que é uma equipe difícil. Temos time que vai crescer e somente podemos esperar coisas positivas dele”, projetou.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;