Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Eduardo Suplicy (PT-SP), pré-candidatos à sucessão presidencial de 2002, criticaram nesta segunda-feira a decisão do governo federal de fechar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sem antes consultar o Congresso. O acordo com o fundo, firmado na última sexta-feira, prevê a entrada de US$ 15 bilhões no Brasil.

”É um absurdo aprovar um acordo e depois levá-lo para o Congresso homologar. Isso é um escândalo. O Senado tem a função de controlar e fiscalizar os atos do governo federal”, disse Simon, durante debate promovido pela rádio CBN.

Na avaliação de Suplicy, se o acordo fosse debatido no Congresso, o governo poderia ter obtido melhores condições na negociação com o fundo. “De maneira alguma deve-se tomar uma decisão antes de debater com o Congresso”, avaliou. “O governo poderia contar com o respaldo da opinião pública e do Senado para colocar no acordo termos melhores do que os que foram feitos”.