Em confronto direto pelo Grupo B dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Seleção Brasileira Masculina de Basquete dominou quase todo o jogo, mas deixou para os últimos cinco segundos, num tapinha do pivô Marquinhos, a definição do triunfo por 66 a 65 sobre a Espanha.

Em alguns momentos, a partida desenhava-se fácil para o Brasil. Em outros, parecia que tudo iria desandar, diante da atual vice-campeã olímpica. O excesso de faltas atrapalhava o desempenho da Seleção e dava chance de os espanhóis continuarem vivos. Mas algo que faltou contra a Lituânia não prejudicou ontem: o aproveitamento nos lances livres.

O armador Marcelinho Huertas, do Los Angeles Lakers, foi o destaque a favor dos brasileiros, que tiveram a Arena Carioca 1 lotada – com a presença de Anderson Varejão, cortado de última hora por lesão – torcendo e empurrando os comandados de Rubén Magnano.

O Brasil chegou a abrir 11 pontos, mas a Espanha buscou a virada a um minuto e 44 segundos do fim, transformando o clima de festa em apreensão. Porém, o tapinha de Marquinhos faltando cinco segundos para o fim do duelo garantiu a primeira vitória da Seleção, que volta à quadra amanhã, às 14h15, contra a Croácia. “Com certeza, foi a cesta mais importante da minha vida”, celebrou o jogador, que levou a bola do jogo embora. “Vai para o quadrinho da minha casa”, disse.

Seleção feminina não consegue repetir masculina e se complica

Se a bola lançada da linha de três pontos de Iziane tivesse entrado, a 14 segundos do fim, a Seleção Brasileira Feminina de Basquete poderia estar comemorando a exemplo da masculina. Entretanto, a falha custou a derrota da equipe para a Bielorrússia por 65 a 63, ontem, na Arena da Juventude, em Deodoro, e complicou a situação verde e amarela, que coleciona três derrotas.

As brasileiras chegaram a abrir 18 pontos de vantagem, com grande atuação de Damiris (cestinha do jogo, com 23), mas a partir do terceiro quarto as visitantes encostaram, colocaram pressão, viraram faltando um minuto, torceram para Iziane errar e venceram.

Estados Unidos e Austrália fazem duelo de líderes pelo Grupo A

Avassaladora até agora nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a equipe dos Estados Unidos deve ter o primeiro teste de fogo no basquete masculino. Isso porque terá pela frente a Austrália, que a exemplo dos norte-americanos soma duas vitórias – também confortáveis – na competição.

Nos dois compromissos os Estados Unidos marcaram 232 pontos (119 sobre a China e 113 diante da Venezuela). E contra um time composto por diversos atletas da NBA, a expectativa é que a barreira dos 100 pontos seja ultrapassada, mas que a vantagem de cerca de 50 pontos dos jogos anteriores não se repita.