Cada jogo do São Bernardo na Série A-2 do Paulista é praticamente uma decisão. Depois de conquistar o primeiro resultado positivo - após cinco derrotas - e vencer longe do Grande ABC, a equipe busca inédito triunfo contra time do G-8 (grupo dos oito primeiros classificados) e terá a chance hoje, às 19h30, no Estádio 1º de Maio, diante da Penapolense - quarta colocada, com 15 pontos.

Após frequentar a zona de rebaixamento nas primeiras rodadas, o Tigre subiu à 13ª colocação - com nove pontos -, mas as três vitórias que elevaram a equipe na tabela foram sobre adversários que brigam para não cair - União São João, Rio Preto e Santacruzense, que estão na zona de rebaixamento.

 Segundo o técnico Luciano Dias, o São Bernardo terá de buscar superação a cada confronto. "Se a gente quiser conquistar algo na competição, teremos de encarar cada partida como se fosse uma final. Essa é a nossa realidade. Temos de fazer nosso trabalho em etapas, a cada partida", frisou o treinador.

Luciano Dias destacou que vitória hoje coloca o Tigre de vez na briga por vaga na segunda fase. A equipe está a quatro pontos do G-8. "A partir do momento que conseguirmos a quarta vitória seguida, sendo agora sobre um adversário melhor posicionado, isso irá gerar expectativa melhor e os adversários vão respeitar mais o São Bernardo", explicou o comandante, que não confirmou, mas deve manter o time da vitória (1 a 0) sobre a Santacruzense.

Para o meia Luciano Mandi, o jogo diante da Penapolense é muito importante para a equipe crescer no Estadual. "Precisamos saber jogar contra times que estão bem na competição e vencê-las", destacou o jogador. "Nos unimos mais e estamos mais preparados. Tudo começou a deslanchar", completou.

Estreante no Estádio 1º de Maio com a camisa do São Bernardo, o volante Dudu, que jogou pela primeira vez contra a Santacruzense, fora de casa, ressaltou que o Tigre não pode ficar escolhendo o adversário. "Todos os jogos são decisões. Não conheço bem a Penapolense, mas, pela posição que está, deve ser boa equipe", opinou.

ADVERSÁRIO

Do outro lado, o técnico Edson Só, da Penapolense, não poderá contar com o zagueiro Perez, suspenso. Biro e Renan brigam pela vaga. Em contrapartida, o atacante Fio, que sentia dores musculares, estará à disposição.

Ataque espera acabar com a má fase

Ídolos da torcida, os atacantes Ney Mineiro, Danielzinho e Diogo Acosta não estão na fase que os são-bernardenses esperavam. No último jogo no Estádio 1º de Maio - vitória (2 a 1) sobre o Rio Preto -, os dois primeiros saíram vaiados por alguns torcedores, enquanto que Diogo Acosta nem foi relacionado.

A bronca da torcida está justificada nos números. Cada um dos atacantes marcou apenas uma vez, sendo que somado todos, são apenas 33% dos anotados pelo time, que balançou a rede nove vezes e tem o lateral-esquerdo Renato Peixe como artilheiro, com três.

Eles, porém, garantem estar tranquilos quanto à má fase. "Não tenho nada a dizer para a torcida. Isso é normal. Quando a gente ganha, eles apoiam, e quando perde, vaiam", relatou Danielzinho, que completou 24 anos ontem e espera acabar com a má fase. "Toda partida queremos deixar nossa marca", completou.

Para Ney Mineiro, só há uma solução para acabar com as vaias dos torcedores. "Isso é normal. Temos de fazer os gols. Nós que ficamos de centroavantes, precisamos marcar gols, caso contrário, somos criticados", frisou.

Apesar dos problemas no ataque, Luciano Dias garantiu que confia plenamente nos jogadores de frente. "São poucas equipes na Série A-2 que têm atletas da qualidade de Ney Mineiro, Diogo Acosta e Danielzinho", elogiou. "O momento é de apoio. Claro que existe a cobrança, mas tenho certeza de que eles estão se cobrando muito mais."

Para o comandante, é questão de tempo para a torcida voltar a festejá-los. "Eles vão dar a resposta, demonstrando que são decisivos, como já foram antes", assegurou o treinador.

Além dos três, Ricardinho, Raul e Jhonatas completam o ataque do São Bernardo.