A queda de um caminhão dentro da central de gás de uma indústria no cruzamento da avenida Casa Grande com a rua Inco, em Diadema, na madrugada de sábado, provocou uma explosão, que incinerou parcialmente o prédio. O motorista do veículo, Edinaldo Pires dos Santos, 52 anos, morreu queimado no acidente.

Segundo o tenente Arthur Diógenes Bicudo, do 8° Grupamento do Corpo de Bombeiros, que comandava a operação para controlar o fogo, Santos deveria estar manobrando o veículo quando o asfalto e a calçada do local cederam e o caminhão tombou dentro da empresa.

A central de gás da ProAroma, fabricante de aromas para produtos alimentícios, como goma de mascar e polpa de fruta em pó, fica na parte de baixo de uma ladeira íngreme.

“A explosão deve ter ocorrido por volta das 5h30 de sábado. Acredito que levaremos mais umas três ou quatro horas para terminar o trabalho. Ou seja, o fogo só será totalmente apagado por volta das 19h”, avalia o tenente.

O mais importante, explica Bicudo, era conter o gás, já que não existem meios de medir a quantidade que havia do produto na central. De acordo com o tenente, não foi preciso isolar toda a rua uma vez que o risco de novas explosões estava descartado.

“Estava passando na rua de trás logo quando amanheceu e vi o fogo de longe. As chamas estavam bem altas”, diz Joana Cândida da Silva, 47 anos, moradora da região.

A dianteira de um outro caminhão, que estava estacionado perto do local onde aconteceu o acidente, também acabou sendo atingida pelo forte calor e ficou queimada.

O caminhão que estava sendo conduzido por Santos transportava pedras e areia. “Era bem provável que ele estivesse fazendo uma entrega em um fabricante de concreto, que fica aqui ao lado”, acredita o tentente Bicudo.

Um dos filhos da vítima, Anselmo Chanquine, 25 anos, conta que o pai sempre trabalhou como motorista e, no momento, prestava serviço para uma transportadora chamada Ponto Mais. “Esperava que meu pai morresse de qualquer jeito, menos dessa forma.”