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Marta joga para o futuro possibilidade de assumir Ministério
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
26/09/2010 | 07:22
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A candidata do PT ao Senado, Marta Suplicy, recorreu à gafe cometida por parte da imprensa da Capital (que na sexta-feira noticiou equivocadamente a morte do senador Romeu Tuma-PTB) para justificar a possibilidade de assumir um ministério caso Dilma Rousseff (PT) seja eleita presidente.

"Amanhã posso ser candidata a tanta coisa... Vocês podem falar que posso tudo, que posso até morrer, mas isso não é problema agora", esquivou-se a ex-prefeita de São Paulo, que ontem caminhou pela Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo.

Deixando de lado, por ora, as chances de voltar a ser ministra (comandou o Turismo entre 2007 e 2008), Marta ressaltou que tem o foco nas eleições. Se eleita, será a primeira senadora da história do Estado. "Estou animada para defender o Estado. É como se tivesse me preparado (para o cargo) como deputada federal, prefeita e ministra."

De acordo com pesquisa Ibope divulgada sexta-feira, Marta lidera a preferência do eleitorado com 27% das intenções de voto, contra 26% do segundo candidato da coligação do PT, Netinho de Paula (PCdoB). Em terceiro lugar aparece Aloysio Nunes (PSDB), com 18%.

Apesar da vantagem (serão eleitos dois senadores), a petista ressaltou a cautela ao traçar estratégia de intensificar a campanha no Grande ABC. Entre sexta-feira e ontem, Marta cumpriu quatro compromissos de agenda na região.

"O PT sempre foi muito bem votado no Grande ABC, mas vimos que a votação (para esta eleição) estava aquém da que podemos ter. Então, viemos fazer muita coisa aqui para ter mais alguns votos."

Aliada de agressor - Defensora ferrenha dos direitos das mulheres - tem seu trabalho como socióloga reconhecido internacionalmente - , Marta Suplicy ironizou a tática de Aloysio Nunes em resgatar na propaganda eleitoral o caso de agressão à ex-mulher envolvendo Netinho de Paula, aliado da petista.

"Quem é agredida perdoa e quem julga é o eleitor. E ele (Aloysio), pelo jeito, não está conseguindo muito sucesso", concluiu a candidata, em referência às pesquisas.

Luiz Marinho vai para o ataque contra tucanos
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), adotou linha de ataque aos tucanos durante a passagem de Marta Suplicy pela cidade. Do alto do carro de som (que atrapalhou o trânsito e irritou motoristas), foi efusivo ao pedir votos a quem passava pela Rua Marechal Deodoro.

"Se tiver alguém aqui pensando em votar em candidato do PSDB, saiba que o PSDB não ajuda São Bernardo", bradou. O chefe do Executivo fez referência à construção do Hospital de Clínicas, no Bairro Alvarenga. Com microfone em mãos, creditou a obra ao governo federal. "O governo Lula está investindo R$ 100 milhões no hospital. Já o governo estadual, do PSDB, não nos ajuda com um centavo sequer."

O carro de som também foi palco de gafe. Ao pedir votos para Marta, o vereador Tião Mateus (PT) errou o número da candidata nas urnas. "É Marta 131. É esse o número certo, né (sic)?", questionou, ao obter resposta contrária da militância. "É 133", soprou um colaborador das campanhas petistas.




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